O Ministério Público Federal (MPF) resolveu acompanhar as medidas adotadas para recuperar a única ponte que dá acesso à terra indígena Tadarinama, em Mato Grosso. Procedimento administrativo instaurado em portaria publicada nesta quarta-feira (8) pelo Procurador Ricardo Pael Ardenghi terá duração de um ano.
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Medida foi estabelecida considerando as informações prestadas pelo cacique Kudoropa, que confirmou as afirmações da pasta da agricultura, de que não houve arrendamento de terras na comunidade e que o único problema constante seria a condição da ponte de acesso à área situada entre Rondonópolis e Pedra Preta.
Diante disso, o procurador resolveu instaurar procedimento administrativo por um ano para acompanharas medidas adotadas para construção e recuperação da via de passagem.
A Tadarinama possui 10 mil hectares distribuídos entre as duas cidades, com população estimada em 604 indígenas da etnia Boe Bororo, segundo dados demográficos levantados em 2014 pelos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) e das Coordenações Regionais e Coordenações Técnicas Locais da Funai.
Atualmente, a área vive sobre pressões e ameaças por mineradoras e enfrenta cinco processos contra empresas que buscam autorização para pesquisa visando a extração de ouro em mais de 55 hectares.