O Juízo da 12ª Vara Criminal de Cuiabá acolheu, nesta sexta-feira (3), a denúncia oferecida pelo Núcleo de Defesa da Vida do Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT) e pronunciou os réus Antônio Gomes da Silva, Hedilerson Fialho Martins Barbosa e Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas pela prática de homicídio triplamente qualificado contra o advogado Roberto Zampieri.
Leia também
Abilio quer Vânia no PL em 2026, mas não vai 'impor' filiação: "não tenho direito de dizer qual partido ela tem que ir"
A decisão reconheceu que há indícios suficientes de autoria e materialidade do crime, permitindo que os acusados sejam levados a julgamento pelo Tribunal do Júri. Também foi determinada a manutenção da prisão cautelar dos três réus, considerando a gravidade dos fatos e a necessidade de garantir a ordem pública e a aplicação da lei penal.
Paralelamente, o inquérito policial complementar que apura a possível participação de mandantes no crime segue em trâmite no Supremo Tribunal Federal (STF), sob relatoria do ministro Cristiano Zanin.
O processo tramita sob segredo de justiça, razão pela qual os documentos constantes nos autos não podem ser divulgados.
O crime
O advogado Roberto Zampieri foi assassinado com disparos de arma de fogo em dezembro de 2023, no bairro Bosque da Saúde, próximo ao escritório dele.
Conforme a denúncia, “Antônio Gomes da Silva, utilizando-se de recurso que dificultou a defesa da vítima, auxiliado por Hedilerson Fialho Martins Barbosa, agindo ambos mediante paga e promessa de recompensa efetivada por Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, que efetuou disparos de arma de fogo contra a vítima”.
A denúncia do MPMT acatada pela Justiça foi assinada pelos promotores de Justiça Samuel Frungilo (21ª Promotoria Criminal), Marcelle Rodrigues da Costa e Faria (28ª Promotoria Criminal), Vinícius Gahyva Martins (1ª Promotoria Criminal) e Jorge Paulo Damante Pereira (2ª Promotoria Criminal).