Claudia Regina Dias de Amorim Del Barco Correa, ex-servidora do alto escalão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), ingressou com recurso nesta sexta-feira (3) pedindo a restituição de um veículo e dois aparelhos celulares apreendidos durante a Operação Sepulcro Caiado, que apura fraude milionária na conta única do Judiciário estadual.
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A decisão questionada foi proferida pela juíza Fernanda Mayumi Kobayashi, que manteve os bens sob custódia ao entender que eles “interessam ao processo”.
Claudia Regina atuou como diretora do Departamento de Depósitos Judiciais do TJMT entre 2013 e 2022. Em seu nome, foram apreendidos um Toyota Corolla e dois smartphones. Após as diligências, ela foi exonerada do cargo em comissão e afastada por 60 dias de suas funções no tribunal.
Na manifestação, a defesa argumenta que a ex-servidora não foi indiciada ao final do inquérito policial “por falta de elementos probatórios”. Em relação ao veículo, foram anexados comprovantes de financiamento e quitação, mas a magistrada manteve a apreensão diante de “dúvidas sobre a compatibilidade financeira da investigada”.
Os celulares também permanecem retidos, já que são considerados fontes primordiais de prova digital. A perícia técnica, apontada como essencial para a elucidação dos fatos, ainda não foi concluída.
A Operação Sepulcro Caiado apura um suposto esquema de desvio de R$ 20 milhões da conta única do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.