A Justiça decretou, na manhã desta segunda-feira (15), a prisão do policial militar Raylton Mourão e de sua esposa, Aline Valando Kounz. O casal é acusado de envolvimento na morte da personal trainer, Rozeli da Costa Nunes, de 33 anos, assassinada na última quinta-feira (11), quando saía de casa para trabalhar em Várzea Grande.

Leia mais
Personal executada a tiros cobrou R$ 24 mil de PM suspeito em processo sobre acidente de trânsito

A reportagem do Olhar Direto teve acesso ao processo que pode ter motivado a execução da vítima. Rozeli teria sido morta a mando do policial militar após tê-lo processado em razão de um acidente de trânsito, cujo conserto do veículo ficou em torno de R$ 8 mil.

Segundo os autos, um caminhão-pipa da empresa “Reizinho”, administrada pelo PM, não respeitou uma placa de “pare” e fechou o carro de Rozeli. Para evitar a colisão, ela jogou o veículo para o canteiro e freou bruscamente, momento em que uma motocicleta que vinha atrás bateu na traseira do automóvel.

A vítima tentou um acordo diretamente com Mourão, mas, diante da resistência para o pagamento dos prejuízos, decidiu ingressar com uma ação judicial. Durante o processo, descobriu que a empresa não possui CNPJ nem autorização legal para funcionar.

Rozeli anexou um orçamento que apontava o custo do reparo do veículo em cerca de R$ 8 mil, além de uma declaração de hipossuficiência, alegando não ter condições de arcar com os gastos. Contudo, pela necessidade de usar o carro, ela acabou pagando o conserto e processou o PM e sua esposa em R$ 24 mil.

Rozeli era casada com um caminhoneiro, que estava viajando no momento do crime, e deixou dois filhos, de 6 e 12 anos.

O caso segue sob investigação pela Polícia Civil.