O juiz Marcos Faleiros da Silva, da 4ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça, manteve a prisão de Emerson Ferreira Lima, vulgo “Gordão”, durante audiência de custódia realizada na tarde desta quarta-feira (10). Ele foi preso na “Operação Tempo Extra”, que desmantelou uma quadrilha responsável por lavar dinheiro do tráfico de drogas.
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Na decisão, o magistrado destacou que, em casos em que o detido integra organização criminosa e tenta destruir provas, está legitimada a decretação da prisão preventiva, por configurarem risco concreto à instrução criminal e à aplicação da lei penal.
Além disso, o juiz ressaltou que a função exercida por Emerson dentro da facção criminosa Comando Vermelho, bem como seu histórico de fuga, demonstram que medidas cautelares seriam insuficientes para resguardar o processo penal.
“Diante do exposto, com fundamento nos arts. 310, II, e 312 do CPP, homologo o auto de prisão em flagrante e converto a prisão em preventiva em desfavor de EMERSON FERREIRA LIMA, para garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal e aplicação da lei penal”, diz trecho da decisão.
Emerson foi preso após tentar destruir seus aparelhos celulares no momento em que policiais da Draco cumpriam mandados de busca e apreensão em sua residência.
Para o delegado Rodrigo Azem, responsável pela prisão em flagrante, a atitude foi interpretada como uma tentativa de obstrução de Justiça.
Conhecido como “Gordão” dentro da facção, Emerson é apontado como um dos principais aliados de Joseph Ibrahim Khargy Junior, preso durante a operação. Joseph é considerado líder de um esquema que movimentou milhões de reais lavando dinheiro para o Comando Vermelho.