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Sexta-feira, 07 de novembro de 2025

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AMANTE TAMBÉM FOI EXECUTADO

Feminicida que espancou, assassinou e ateou fogo na esposa após descobrir suposta traição é condenado a 61 anos

Foto: Reprodução

Feminicida que espancou, assassinou e ateou fogo na esposa após descobrir suposta traição é condenado a 61 anos
O feminicida Valdinei da Silva Santana foi condenado a 61 anos pelo assassinato da sua então companheira, Gleiciane de Souza e o amante dela, Vanderson Alves Fichio, em setembro de 2024. Valdinei sentou no banco dos réus nesta terça-feira (9), em Tribunal do Júri realizado na Comarca de Jaciara, onde as execuções ocorreram. Segundo as investigações, o crime foi motivado pela raiva que ele sentiu por encontrar mensagens que indicaram a traição da esposa. “Acabei fazendo cagada”, confessou Valdinei ao pedir perdão aos filhos, que presenciaram a barbárie.


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Após matar as vítimas com diversos disparos de arma de fogo, ateou fogo nos corpos das vítimas e em dois veículos. O crime ocorreu na noite de sexta-feira, 6 de setembro de 2025. Além dos assassinatos, Valdinei foi sentenciado por vilipêndio e destruição de cadáver, incêndio, dano qualificado e posse ilegal de arma de fogo.

Com isso, pegou pena de 61 anos, 11 meses e 15 dias de reclusão, além do pagamento de 94 dias-multa, em regime fechado. Além disso, ele deverá pagar R$ 100 mil pelos danos morais causados aos filhos de Gleiciane, além de 63,2 mil por danos materiais e R$ 50 mil por danos morais aos pais de Vanderson.

Investigações da Polícia Civil apontam que Gleiciane de Souza, 35 anos, foi espancada antes de ser morta por Valdinei, que foi preso no dia 9 por também ter assassinado o amante dela.

"Eu só peço perdão aos familiares, para todos vocês. Me perdoem no fundo do coração. Passando aqui meus filhos para pedir perdão a todos vocês pelo o que o pai fez, amava tanto sua mãe. Com raiva eu acabei fazendo essa cagada. Infelizmente me deixei tomar pela raiva, o ódio e acabei fazendo isso", disse o feminicida após os assassinatos.

 A motivação do crime foi passional, uma vez que o suspeito ​teria encontrado no celular da vítima, a esposa Gleiciane, possíveis materialidades de que o estaria traindo com Vanderson.
 
Transtornado com a situação, o suspeito começou a espancar a esposa dentro da residência. Em seguida, ele a arrastou para a rua e, em posse de um revólver, efetuou vários disparos de arma de fogo contra a vítima. O crime foi cometido em frente aos filhos do casal de 8 e 9 anos de idade.
 
Em continuidade ao ato criminoso, o suspeito arrastou o corpo da esposa até a frente da casa da segunda vítima e bateu à porta de Vanderson, que abriu e foi baleado com tiros no rosto.
 
O suspeito colocou os dois corpos um em cima do outro e efetuou vários disparos de revólver e de espingarda calibre 22. Posteriormente, ele colocou os cadáveres dentro de uma picape Saveiro e também trouxe para o local uma motocicleta Honda (ambos pertencentes à vítima Vanderson) e ateou fogo, carbonizando os veículos e os corpos.
 
A promotora de Justiça Cynthia Quaglio Gregorio Antunes atuou no plenário durante o julgamento e, em um gesto de sensibilidade, prestou homenagem às mães das vítimas que estavam presentes na sessão.
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