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Quarta-feira, 16 de julho de 2025

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PRISÃO DECRETADA

Após conseguir anular júri, tabeliã é novamente condenada a 20 anos pelo assassinato de ex-funcionária

Foto: Reprodução

Após conseguir anular júri, tabeliã é novamente condenada a 20 anos pelo assassinato de ex-funcionária
Silvana Souza de Freitas Gonçalvez, ex-tabeliã substituta de Pontes e Lacerda, foi novamente condenada pelo Tribunal do Júri a 20 anos de prisão, no regime fechado, por encomendar o homicídio de Vilmara de Paula, assassinada em 2007, quando tinha 40 anos. Inicialmente condenada em 2024, Silvana conseguiu anular o júri, mas o Ministério Público recorreu e ela sentou novamente no banco dos réus no final de junho passado.


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Os jurados reconheceram a materialidade e autoria, além das qualificadoras de crime mediante paga e recurso que dificultou a defesa da vítima. O juiz Luiz Antônio Muniz Rocha, então, anotou as circunstâncias judiciais desfavoráveis, como a premeditação e o fato de o crime ter ocorrido na presença do filho da vítima, resultando em uma pena de 20 anos de reclusão em regime fechado. Por fim, o magistrado determinou a prisão imediata da ré e o cumprimento da pena, enfatizando a importância da justiça e da proteção social.
 
A vítima trabalhava no cartório cuja família de Silvana era proprietária. Silvana e Elmisson Gonçalves são filhos de Marcelo Rodrigues de Freitas, que era o Oficial Titular do Cartório de Registro de Imóveis da Comarca de Pontes e Lacerda. Ela era tabeliã substituta e seu irmão era comerciante.

Vilmara foi demitida e, então, ajuizou ação de cobrança para garantir seus direitos trabalhistas e indenização por dano moral, no valor de quase R$ 870 mil.

Além de alegar que era humilhada por Silvana, Vilmara também sabia de irregularidades graves que ocorriam no cartório, e esses motivos teriam motivado seu assassinato.

Foi então que o dono do cartório na época, e seus filhos (incluindo Silvana), pagaram R$ 10 mil para que Vilmara fosse executada, e o caso ficou conhecido como “crime do cartório”.  Ela foi assassinada a tiros no dia 27 de junho de 2007, por volta das 18h, próximo ao “Bar do Tonho”, em Pontes e Lacerda. O executor, já condenado, foi o vigia noturno Márcio da Cruz Pinho.
 
Os demais envolvidos já tinham sido condenados. Um policial militar identificado como Aurindo Soares foi sentenciado a 21 anos por participação indireta no homicídio. Foi ele quem contratou Márcio Crus Pinho.
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