Condenado por desvio e agressão contra a esposa, o ex-deputado estadual José Joaquim de Souza foi mantido réu em mais uma ação, desta vez na Justiça Eleitoral, por suposto “caixa 2” de R$ 500 mil na campanha das eleições de 2014. Em decisão publicada nesta quinta-feira (24), a juíza Rita Soraya Tolentino de Barros, da 51ª Zona Eleitoral de Cuiabá, examinou a resposta de Baiano Filho, como ele é conhecido, à acusação ministerial.
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Baiano Filho e seu então assessor Adilson Oliva Kovalski foram acusados pelo Ministério Público eleitoral com base em relatório de informações financeiras que detectou diversas movimentações atípicas naquele ano, ocasião em que ele foi reeleito deputado estadual. Segundo o órgão ministerial, foram verificadas grandes transações, e que o ex-parlamentar usava a conta bancária de seu então assessor, Adilson Oliva.
Em julho do ano passado, a magistrada acolheu a denúncia e os tornou réu por “caixa 2”, previsto no artigo 350 do código eleitoral. Contra tal recebimento, as respectivas defesas apresentaram respostas às acusações.
Condenado por desviar dinheiro público da Secretaria de Esporte e Lazer, em 2019, bem como por agredir a esposa, no começo deste mês, Baiano tentou emplacar acordo com o Ministério Público alegando bons antecedentes. O pleito obviamente foi inviabilizado diante do seu histórico com a Justiça. O órgão ministerial também rejeitou os termos alegados por Adilson.
Diante da necessidade de desenvolver a instrução criminal sobre o caso, por também inexistir a possibilidade de absolvição sumária diante da existência de materialidade do crime e indícios de autoria, a juíza manteve a denúncia e marcou audiência de Instrução e Julgamento para o dia 15 de maio.