A juíza Janaína Cristina de Almeida manteve a prisão preventiva de José Edson Douglas Galdino Santos, feminicida que ceifou a vida da própria ex-esposa, Lorrane Cristina Silva de Lima, em Diamantino (182 km de Cuiabá), no mês de março. Ela foi assassinada com pelo menos 10 facadas na frente dos filhos.
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Em decisão proferida na última sexta-feira (11), a juíza manteve a sentença que pronunciou o réu ao Tribunal do Júri e manteve sua prisão. Almeida considerou que os motivos que a justificaram inicialmente estão inalterados.
O perigo da liberdade do acusado também foi considerado evidente, não apenas pelo risco de reincidência, mas também pela necessidade de preservar a ordem pública diante da gravidade do delito. O caso envolve um homicídio doloso qualificado por violência doméstica e feminicídio, praticado com extrema violência contra a companheira, incluindo múltiplos golpes de faca e violência sexual, presenciado por um dos filhos da vítima – fatores que foram ressaltados pela magistrada na ordem.
Em abril do ano passado, José Edson Douglas Galdino Santos se tornou réu pelo assassinato e vai responder por homicídio qualificado por motivo torpe, meio insidioso ou cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima, violência doméstica e familiar, e por ter sido cometido na presença física de descendente da vítima.
O caso
Os policiais militares foram informados por meio do 190 que duas crianças estavam presas em um imóvel. A denúncia foi feita pela professora de um colégio que Lorrane procurou para colocar os filhos.
Ao chegarem no local, uma das crianças disse aos policiais e para a professora que a mãe estava dormindo e que o padrasto tinha saído para comprar remédio.
Quando os agentes entraram na casa, encontraram Lorrane caída no chão, em uma poça de sangue. A faca foi encontrada ao lado do corpo da mulher.
O corpo de Lorrane foi encontrado no dia 13 de março, mas o crime foi cometido dois dias antes. José confessou que acessou o celular com a digital da vítima enquanto ela estava caída no chão. Ele fugiu com o aparelho celular da vítima e se escondeu na cidade de Rurópolis (PA), e foi preso por força de um mandado de prisão que estava em aberto.