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Terça-feira, 22 de abril de 2025

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CRIME BRUTAL EM VG

Mulher do CV que ordenou execução de motorista de app por suposto abuso sexual recebe domiciliar

Foto: Reprodução

Mulher do CV que ordenou execução de motorista de app por suposto abuso sexual recebe domiciliar
 O juiz Ângelo Judai Júnior, da 1ª Vara Criminal de Várzea Grande, substituiu a prisão preventiva de Alicyleydy Nunes da Silva Santos por domiciliar, com monitoramento por tornozeleira eletrônica. Judai levou em consideração o fato de a ré ser mãe de duas crianças menores de 12 anos. Ela é acusada de integrar o Comando Vermelho e participar do assassinato brutal de Jonas de Almeida da Silva, motorista de aplicativo executado em 2019.


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A defesa de Alicyleydy sustentou que a acusada possui duas filhas de 7 e 10 anos, o que justificaria a concessão da prisão domiciliar. O Ministério Público se manifestou favoravelmente à medida, desde que fosse imposta a utilização de tornozeleira eletrônica para monitoramento.

Na decisão, o magistrado destacou que não há elementos nos autos que indiquem que a substituição da medida cautelar comprometeria os fins do processo penal. Contudo, determinou que a acusada deverá permanecer integralmente em sua residência, salvo determinação judicial em contrário, além de cumprir outras medidas cautelares, como a proibição de se ausentar do endereço informado sem autorização judicial.

Alicyleydy Nunes da Silva Santos é acusada de participação em crimes relacionados à organização criminosa Comando Vermelho (CVMT), incluindo cárcere privado, tortura e homicídio triplamente qualificado do motorista de aplicativo.

Segundo a denúncia, em março de 2019, ela teria induzido e instigado a execução de Jonas de Almeida Silva sob a alegação de que teria sido vítima de abuso sexual cometido por ele. O crime, segundo o inquérito, foi realizado por diversos integrantes do grupo e resultou na morte da vítima, cujo corpo foi incinerado.

“ALICYLEYDY NUNES DA SILVA de que teria sofrido abuso sexual, obrigaram a vítima em cárcere privado11 (item 1.2), inclusive mediante opressão exercida através de ameaça de morte e violência provocada por meio de queimadura12, além de enforcamento, fratura dos membros (superiores e inferiores), socos, chutes e reiterados golpes de instrumentos perfurante 13, pérfuro-cortante 14 e contundente 15, a gravar vídeo confessando sê-lo abusador sexual, para imposição de reprimenda (“salve”) determinada por organização criminosa”, anotou a denúncia.

Com a decisão, a Justiça determinou a expedição do alvará de soltura da ré, condicionado à instalação da tornozeleira eletrônica e à comprovação documental de sua residência. O processo seguirá para análise do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso após a intimação dos demais acusados.

Em dezembro do ano passado, três denunciados no caso tiveram as prisões revogadas diante da ausência de provas das respectivas participações no crime, são eles: Thiago da Silva Almeida, Joenilson Gomes da Silva e Rodiney da Silva.

O crime

Informações da Polícia Civil dão conta que o motorista de aplicativo, à época com 26 anos, foi torturado durante dois dias e teve a execução gravada. A vítima foi encontrada carbonizada em um porta-malas em Várzea Grande no ano de 2019. Segundo a denúncia, Alicylaydy ordenou a execução e ainda filmou a vítima com objetivo de fazê-la confessar que teria abusado sexualmente dela.

No mês de março, o carro de Jonas foi encontrado queimado na região do bairro Cohab São Benedito, em Várzea Grande, dois dias após o desaparecimento. O corpo do motorista de aplicativo foi encontrado dentro do porta-malas.

O delegado da Polícia Civil, Maurício Maciel, relatou que Jonas foi torturado por dois dias antes de ser morto. Ele também teve a execução gravada.
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