O juiz da 2ª Vara Criminal de Sorriso, Rafael Deprá Panichella, manteve a prisão do professor Sinei Marinho Pedroso, por ordenar o salve em quatro estudantes de uma escola em Sorriso (396 km de Cuiabá), na terça-feira (18). Investigações apontaram que o lecionador também aliciava sexualmente os estudantes. O docente foi detido na segunda-feira (17).
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De acordo com as informações da nota, a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) informou que foram adotadas as medidas administrativas pertinentes para investigar a conduta do professor. O professor foi preso na segunda-feira (17) após os policiais civis serem informados de que ele teria ordenado um salve contra quatro estudantes da Escola Estadual Mario Spinelli.
De acordo com as informações do delegado da Polícia Civil, Bruno França, o professor ordenou ao grupo de alunos que levassem as vítimas até uma região de mata para aplicarem o salve. O motivo das agressões seria porque as vítimas estariam comentando que o educador seria membro de facção criminosa.
A Polícia Civil conseguiu identificar e deter uma aluna que confessou ter envolvimento no 'salve' e apontou a participação dos demais envolvidos. Disse ainda que teria sido coagida pelo suspeito e relatou que os estudantes têm medo dele.
"Não é uma história muito comum de que um professor estaria envolvido e seria possivelmente o mandante desse salve. Segundo as vítimas, esse professor é um integrante de uma facção criminosa e ele faz uma regimentação de membros de facção criminosa entre o grupo de alunos que ele leciona", disse o delegado.
Durante a investigação, foi apontado que o docente era conhecido pelos alunos com o apelido de uma sigla que faz referência ao grupo criminoso. Ele também é suspeito de assediar sexualmente alunos com idades entre 13 e 15 anos, oferecendo presença e notas escolares, dinheiro e/ou drogas.
Ainda conforme a autoridade policial, neste ano, o professor já havia sido alvo de investigação por abrigar criminosos envolvidos em um assassinato na região. O educador recebeu voz de prisão por integrar facção criminosa, sequestro e tortura e foi encaminhado para a delegacia.