Taiza Tossat, conhecida como “Musa dos Investimentos”, teve mais um pedido de domiciliar negado pelo Poder Judiciário, desta vez pelo desembargador Marcos Machado, do Tribunal de Justiça (TJMT). Machado indeferiu liminar em habeas corpus que pretendia que ela fosse detida em casa.
Leia mais:
Rodobens sinaliza acordo e juíza suspende ação do "Escândalo dos Maquinários"
Defesa de Taiza acionou a segunda instância usando os mesmos argumentos que remeteu ao primeiro piso: pediu que ela fosse colocada em prisão domiciliar alegando ser portadora de asma e alergias. Contudo, diante da comprovação de que o presídio possui as condições necessárias para tratá-la, o magistrado decidiu, em ordem proferida no último dia 19, negar preliminarmente o requerimento.
Além de ter sido alvo da Operação Cleópatra, da Polícia Federal, Tossat também responde ações penais em casos que o Ministério Público lhe acusa de aplicar golpes milionários nas vítimas do seu esquema de pirâmide financeira.
No dia 11 de dezembro, Jean Garcia, juiz da 7ª Vara Criminal, já havia acatado pedido ministerial e decidiu mantê-la presa. Na ocasião, considerou o perigo de reiteração delitiva por parte da ré, uma vez que houve comprovação de que, caso em liberdade, ela continuaria fazendo novas vítima, sobretudo porque foi flagrada com um novo perfil nas redes sociais para este fim.
Inconformada com a manutenção do cárcere, a defesa de Taiza ajuizou recurso pedindo que ela fosse colocada em prisão domiciliar. Os argumentos foram que ela é portadora de asma e sofre com consistentes alergias.
Examinando o pedido, porém, Jean Garcia não se convenceu dos argumentos e anotou que a domiciliar somente poderia ser concedida caso a saúde da ré estivesse extremamente debilitada, bem como se a unidade prisional não tivesse condições de garantir a ela o tratamento adequado.
No entanto, o que se comprovou foi que, apesar de a saúde de Taiza exigir atenção especial, não está debilitada e a cadeia de Colíder tem a capacidade de oferecer os cuidados que ela necessita, uma vez que todas as vezes em que apresentou agravamento em seu quadro, foi prontamente encaminhada para atendimento médico. O mesmo foi atestado por Machado.
No dia 4 de dezembro, o promotor de Justiça Sérgio Silva da Costa pediu a manutenção da segregação visando garantir a ordem pública e econômica, além de assegurar a instrução criminal em caso que de lavagem de dinheiro, estelionato e crimes contra a economia popular.
Taíza foi presa em flagrante no dia 1º de novembro de 2024 após a polícia encontrar 15 munições de uso restrito calibre .357 e anabolizantes em sua residência, no âmbito da Operação Cleópatra, que a mirava por supostamente liderar esquema de pirâmide, autorizada pela 2ª Vara de Sinop. Ela segue detida desde então.