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Quinta-feira, 27 de março de 2025

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INTIMAÇÃO

STF pede manifestação da PGR em ação por falas de Abilio sobre Comando Vermelho na Câmara

Foto: Reprodução

STF pede manifestação da PGR em ação por falas de Abilio sobre Comando Vermelho na Câmara
As declarações do prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), sobre possível interferência do Comando Vermelho na Câmara da capital, estão sendo contestadas pelo vereador Jefferson Siqueira (PSD) no Supremo Tribunal Federal (STF). Siqueira ajuizou pedido de interpelação judicial no STF para que Abilio apresente provas das suas afirmações, dentre elas, a de que um líder da facção teria investido na eleição da Mesa Diretora da Câmara. Em despacho publicado na manhã desta quinta-feira (30), a ministra Cármen Lúcia intimou a Procuradoria-Geral da República para se manifestar sobre a petição do vereador antes de tomar alguma decisão.
 

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Jeferson cobra uma série de explicações por parte de Brunini, que deverá o fazer caso a interpelação for concedida.

O vereador questiona quais as informações o prefeito tem, o que sabe a respeito delas; quais são os vereadores envolvidos no esquema, quais os nomes; qual a prova de que o CV estaria comprando votos para a eleição da mesa; quem são os parlamentares que já teriam aceitado possível acordo; com base em quais provas que Abílio acusa tais pessoas de se aliarem à facção; qual prova Abilio tem sobre suposta participação de Jeferson e quais os documentos possui sobre tudo isso.

Caso Abilio não apresente o que foi requerido, ou o faça insatisfatoriamente, Jeferson pediu que ele seja processado por calúnia, injúria e difamação.

Em novembro, recém-eleito prefeito da capital, Abilio passou a disparar sugerindo a suposta interferência do crime organizado na política cuiabana. Precisamente no dia 7 daquele mês, afirmou à imprensa que estava apurando informações de que um líder do Comando Vermelho estaria cooptando vereadores para conseguir votos e montar uma chapa para a Mesa Diretora. O valor investido seria R$ 200 mil.

As declarações reforçam as falas do prefeito na Assembleia Legislativa (ALMT) em que afirmou que “não entregaria a Mesa Diretora para o Comando Vermelho”. O ainda deputado federal disse que inicialmente não iria articular nas discussões da Mesa, mas que trocou de ideia após perceber a interferência de agentes políticos e do grupo criminoso no pleito. O prefeito ainda detonou o fato de que Jeferson teria concedido uma moção de aplausos a um membro da facção.

As declarações de Brunini, apresentadas à população sem as respectivas provas, não caíram bem para alguns vereadores, que, no mesmo dia sobre os supostos R$ 200 mil, repudiaram as falas dele. Então candidato à presidência da mesa, o vereador Jeferson Siqueira negou as possíveis interferências externas apontadas.

Sobre a moção de aplauso concedida à Gilmar Machado da Costa, suposto membro do CV, Jeferson rebateu Brunini alegando que tem uma atuação forte com a comunidade e que não checar a vida pregressa dos “líderes comunitários”.

A troca de acusações foi parar na Justiça. Quatro dias depois de Abilio declarar o suposto investimento, Jeferson anunciou que acionou o Poder Judiciário para que o prefeito provasse suas declarações.

Siqueira criticou as acusações, classificando-as como um "ataque antidemocrático" e afirmou que sua medida busca defender não apenas a si próprio, mas o parlamento cuiabano como um todo. 

 
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