Sete anos após assassinar o empresário Fábio Batista da Silva, de 41 anos, Maroan Fernandes Haidar Ahmed, membro do Primeiro Comando da Capital (PCC), foi condenado a 21 anos de prisão. Criminoso de alta periculosidade, Maroan está detido na penitenciária federal de Porto Velho, e foi submetido ao Tribunal do Júri nesta terça-feira (14), por videoconferência.
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Maroan está preso na unidade de segurança máxima porque, além do assassinato, também é denunciado por outro homicídio, por supostamente ser o mandante de outras execuções, organização criminosa, tráfico de drogas e seria liderança de facção.
Ele sentou no banco dos réus nesta terça, e foi sentenciado por homicídio qualificado praticado por motivo fútil e porte ilegal de arma de fogo, além de multa.
Após várias tentativas da defesa em anular a sentença de pronúncia ou alterar a data do Júri, inclusive com habeas corpus negado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) nesta segunda-feira (13), Maroan foi julgado, para alívio da família do empresário.
Fábio Batista da Silva, de 41 anos, foi assassinado em uma loja de conveniência no bairro Vila Aurora, em Rondonópolis, após pedir para que Maroan abaixasse o farol da Amarok que conduzia.
Testemunhas que estavam com a vítima em uma das mesas relataram que a caminhonete branca parou em frente ao estabelecimento e permaneceu com o farol alto em direção às pessoas.
Fábio então se aproximou do veículo pedindo para que abaixasse a intensidade do farol. Houve uma pequena discussão entre eles e, quando a vítima estava retornando para sua mesa, foi alvejada por um tiro certeiro disparado por Maroan.
Na decisão que deferiu a transferência para unidade de segurança máxima, proferida em outubro do ano passado, o juiz anotou que Maroan é preso de alta periculosidade. Ele já fugiu mais de uma vez durante o curso da presente ação penal, sendo uma delas enquanto cumpria medida cautelar de monitoração eletrônica, imposta pelo Tribunal de Justiça (TJMT), tendo, neste período, cometido diversos outros crimes graves.
Durante o tramitar da ação do homicídio, ele foi denunciado em outro caso como suposto mandante de assassinato cometido em julho de 2020, no interesse do Primeiro Comando da Capital, em Aparecida de Goiânia/GO.
Também participou de tiroteio próximo à fronteira em Ponta Porã/MS, bem como enquanto foragido, foi preso em flagrante durante operação contra o tráfico internacional de drogas, em Santa Catarina, em janeiro de 2023.