A advogada Sarah Quinetti Pironi, conhecida como “rainha do HC”, deixou de atuar na defesa do coronel do Exército Etevaldo Caçadini, acusado em processo pela morte do também advogado Roberto Zampieri. O réu segue preso enquanto aguarda julgamento.
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“Considerando que a patrona do impetrante, Dra. Sarah Quinetti Pironi, nos autos de origem, comunicou sua renúncia ao mandato outorgado em todos os processos que ela atua como advogada, dentre eles o presente mandado de segurança, proceda-se a intimação pessoal de Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas para adotar as providências necessárias à regularização processual”, traz trecho de despacho publicado.
Caçadini foi denunciado junto de Antonio Gomes da Silva e Hedilerson Fialho Martins Barbosa por homicídio triplamente qualificado do advogado Roberto Zampieri, em Cuiabá. De acordo com a peça, o crime foi cometido mediante paga e promessa de recompensa, com recurso que dificultou a defesa da vítima e emprego de arma de uso restrito.
O advogado Roberto Zampieri foi assassinado com disparos de arma de fogo em dezembro de 2023, no bairro Bosque da Saúde, próximo ao se escritório. Conforme a denúncia, “Antonio Gomes da Silva, utilizando-se de recurso que dificultou a defesa da vítima, auxiliado por Hedilerson Fialho Martins Barbosa, agindo ambos mediante paga e promessa de recompensa efetivada por Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, efetuou disparos de arma de fogo contra a vítima”.
Após a execução, informações recolhidas após perícia no celular de Zampieri geraram afastamento de dois desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso. Sebastião de Moraes e João Ferreira Filho são suspeitos de participação em esquema de venda de decisões judiciais.