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Sexta-feira, 28 de março de 2025

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OPERAÇÃO GRAVATAS

Advogados que agiam com CV são condenados a 14 anos por organização criminosa; juiz suspende direito de advogar

Foto: Reprodução

Advogados que agiam com CV são condenados a 14 anos por organização criminosa; juiz suspende direito de advogar
Os advogados Roberto Luís de oliveira, Hingritty Borges Mingotti e Jéssica Maróstica foram condenados por organização criminosa a penas que, somadas, chegam aos 14 anos. Eles também tiveram o direito de advogar suspenso, bem como serão monitorados por tornozeleira. Já o jurista Tallis de Lara Evangelista foi absolvido. Três membros do Comando Vermelho foram sentenciados a 19 anos. Todos eles foram alvos da Operação Gravatas, deflagrada em março de 2024 para desbaratar as ações entre os juristas e os faccionados no município de Tapurah. Sentença foi proferida na manhã desta segunda-feira (13) pelo juiz Anderson Clayton Dias Batista, da 5ª Vara Criminal de Sinop.


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Roberto Luís de Oliveira, identificado como líder do núcleo jurídico, recebeu pena de cinco anos, cinco meses e dez dias de reclusão em regime semiaberto. Já Hingritty foi condenada a cinco anos e quatro meses de prisão, enquanto Jéssica Daiane Maróstica foi sentenciada a quatro anos e oito meses, ambas no regime semiaberto. Tallis Lara foi absolvido de todos os crimes por falta de provas.

Na mesma sentença, o juiz decidiu absolver os advogados do delito de colaborar, como informante, para o tráfico de drogas. Eles poderão recorrer em liberdade.

Vulgo “Dark”, Tiago Telles foi condenado a 7 anos. Robson Júnior Jardim dos Santos, o “Sicredi”, recebeu pena de seis anos, enquanto Paulo Henrique de Campos Aguiar, o “Noturno”, pegou seis anos. Todos cumprirão o começo da pena no regime fechado.

Ao condenar os advogados, o magistrado destacou a gravidade das respectivas condutas, pois, no lugar de cumprirem o papel de juristas, agiram para fortalecer a estrutura e ações do Comando Vermelho, usando as prerrogativas legais de forma ilícita.  

Os condenados terão medidas cautelares, incluindo a suspensão de suas atividades na advocacia criminal, recolhimento domiciliar noturno e monitoramento eletrônico.

De acordo com as investigações, Roberto seria o líder do núcleo jurídico, responsável por estabelecer as ligações e fazer girar a engrenagem do esquema, arregimentando clientes e organizando transferências.

Os advogados atenderiam aos interesses dos faccionados em troca de dinheiro. Informações sigilosas eram repassadas aos membros do Comando Vermelho pelo grupo, em troca de proteção e pecúnia. Centenas de milhares de reais em espécie foram encontrados com os alvos.
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