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Terça-feira, 10 de dezembro de 2024

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consórcios falsos

Juiz condena líder de esquema milionário que usou a própria mãe para abrir empresa de fachada

Foto: Reprodução

Juiz condena líder de esquema milionário que usou a própria mãe para abrir empresa de fachada
Líder de esquema milionário que usou a própria mãe para abrir empresa “fantasma’, John Maike Teixeira de Souza foi condenado a seis anos em regime inicial fechado, em sentença proferida pelo juiz Jean Garcia de Freitas bezerra, nesta terça-feira (12).


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Além de John, foram condenados Penini Bela da Silva Ribeiro (5 anos e 5 meses), Matheus Silva dos Santos (6 anos e 10 meses), Rhaniel Ramos de Castro (6 anos e 10 meses), Vinicios Manoel Moreira Leite (5 anos e 5 meses), além de Gabriel Figueiredo e Souza (6 anos e 6 meses). Todos eles deverão cumprir a pena em regime inicial fechado. O sétimo condenado, identificado como Kaio Tanaka Kanegae, pegou 3 anos e 9 meses no semiaberto.

O grupo foi alvo da operação “Fake Promisses” (falsas promessas), de 2023, acusados de, por meio de "marketing agressivo", e de empresas de fachada, vendiam consórcios dizendo aos clientes que estavam negociando imóveis a partir de escritórios em prédios comerciais de Cuiabá.

Ao analisar os autos, o magistrado salientou que ficou evidente na peça acusatória que as investigações concluíram pela existência de organização criminosa que praticou estelionatos na capital, cujo réu Jhon Mayke exerceria função de liderança.

Nesse ponto, o juiz transcreveu trecho da denúncia dando conta de que “Jhon Mayke foi identificado como líder/chefe da organização, sendo responsável por coordenar toda empreitada criminosa, dando orientação e suporte a sua equipe, composta pelos demais indiciados”.

Restou demonstrado no andamento investigativo, então, que Jhon era o proprietário de fato das empresas Jhon M. T. de Souza Ltda (J.M.T. de Souza); Ribeiro Representações; Ms Cred Consultoria e Investimento; BC Investimentos; FC Soluções Financeiras (razão social Lorrayne Alves Nunes), e dava ordens aos demais indiciados de como proceder com as práticas delituosas.

Além disso, foi revelado que ele cooptava outras pessoas para ingressarem nas atividades delituosas, convidando-as a abrirem empresas individuais em seus nomes e se instalarem em salas do Edifício Palácio do Comércio, para, ficticiamente venderem consórcio e empréstimos.

Em contrapartida, os participantes aliciados para o esquema deveriam pagar a Jhon em torno de 1% das transações efetivadas com as vítimas dos golpes. Apurou-se que a o grupo criminoso atuava há tempos no ed. Palácio do Comércio, e a polícia militar e o procon eram acionados recorrentemente pelas vítimas, em razão de reclamações registradas.

Também foi apurado que na Delegacia Especializada de Estelionato já existiam outros procedimentos investigatórios em que ele figura como investigado, exercendo a mesma conduta, com mesmo modus operandi detalhado na denúncia da Fake Promisses.

Interrogatórios com outros investigados deram conta de que Jhon ainda era dono de outras empresas, quais sejam a Administradora Business e JM Representação, bem como ele próprio declarou trabalhar com as empresas Otimiza, Omni e Reserva.

Diante disso, foi consignado na inicial de acusação que essas pessoas jurídicas, na verdade, não existem de fato, corroborando a narrativa das vítimas que denunciaram serem elas “fantasmas”.

Como exemplo, tem-se que a empresa Otimiza Recebimentos possui registro de endereço Avenida Rio Branco, 0001, sala 1602, Centro, Rio de Janeiro/RJ. No entanto investigadores foram até o local e relataram que a sala se encontra fechada. Ademais, não responderam aos ofícios expedidos e telefonemas efetuados pela equipe investigativa.

Além disso, a Business Administradora de bens e consórcio Ltda está registrada em nome de Cilaine Amaral de Souza, mãe do investigado John Mayke, fato que demonstra que a empresa foi criada pelo grupo criminoso em nome de “testa de ferro” para fins ilícitos.
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