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Terça-feira, 10 de dezembro de 2024

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FURTO E DESMANCHE DE MOTOS EM CUIABÁ

Condenado no regime fechado, empresário que integrou esquema de R$ 12 milhões é mantido preso pelo STJ

Foto: Reprodução

Condenado no regime fechado, empresário que integrou esquema de R$ 12 milhões é mantido preso pelo STJ
Condenado a cinco anos no regime fechado por integrar organização criminosa especializada em furto e receptação de veículos, responsável por causar prejuízo de R$ 12 milhões às vítimas de Cuiabá e Várzea Grande, o empresário Marcos Torres Vieira, o “Marquinhos Xtreme”, foi mantido preso por ordem do ministro Antonio Saldanha Palheiro, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).


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Em agosto, ele e outros 18 alvos da Operação Avalanche foram condenados pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá. Xtreme recebeu cinco anos no regime fechado. Além dele, Oneilson Ramos dos Santos, vulgo “Batata”, também pegou 5 anos.

Contra a prisão preventiva, Xtreme apelou no Tribunal de Justiça, tendo o habeas corpus (HC) negado. Inconformado, apelou no Superior e, em decisão proferida no último dia 7, Palheiro decidiu negar o novo HC.
A defesa do empresário alega que ele não corre risco de reiteração delitiva, não fugiu da justiça, não mantém contato com os demais investigados, e foi desmantelada a suposta organização criminosa, cessando o risco para a garantia da ordem pública. Pediu, então, que ele pudesse responder o processo em liberdade e que a preventiva fosse substituída.

Examinando o caso, contudo, o ministro anotou que o cárcere de Xtreme foi decretado em decorrência das circunstâncias do crime, uma vez que ele integra organização criminosa especializada em furtos de motos para desmanche. Isso, por si só, justificaria a manutenção do cárcere.

Palheiro ainda anotou que a negativa para que Xtreme recorresse em liberdade se ampara na necessidade de se interromper ou diminuir a atuação de integrantes de organização criminosa, além de que ele possui duas condenações anteriores por roubo e receptação. O ministro também salientou que ele permaneceu foragido após a decretação da custódia. Esses fatos, portanto, justificaram a negativa do HC postulado e, consequentemente, a manutenção da prisão.

A operação, que teve a primeira fase deflagrada em fevereiro de 2022, teve como alvo uma organização criminosa identificada em 60 procedimentos investigados na DERFVA e que pode estar ligado a mais de 1.200 subtrações de motocicletas ocorridas nos últimos três anos na região metropolitana, além da adulteração de aproximadamente 150 placas de veículos. 
 
A maior parte das subtrações dos veículos ocorreram em shoppings, hospitais e supermercados, tendo como principais vítimas trabalhadores, que adquiriram os veículos de maneira parcelada para ser utilizado como meio de transporte para o trabalho.
 
Estima-se que a somatória do prejuízo causado às vítimas seja de aproximadamente R$ 12 milhões. 
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