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Terça-feira, 10 de dezembro de 2024

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ATOS GOLPISTAS

Ex-candidato a deputado, bolsonarista denunciado no 8 de Janeiro é mantido preso por Moraes

Foto: Reprodução

Ex-candidato a deputado, bolsonarista denunciado no 8 de Janeiro é mantido preso por Moraes
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve a prisão preventiva do ex-candidato a deputado federal por Cáceres, Fabrízio Cisneros Colombo, bolsonarista denunciado pela prática de sete crimes envolvendo sua participação nos atos golpistas do 8 de Janeiro. Moraes atendeu pedido feito pelo delegado da Polícia Federal, Adriano do Nascimento Bortes. Decisão é desta terça-feira (5).


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Fabrízio foi preso preventivamente em outubro de de 2023, sendo que o cárcere foi mantido por decisões que reavaliaram sua necessidade em dezembro passado, fevereiro, maio e outubro deste ano.

Natural de Porto Esperidião (326 km a Oeste) e morador de Cáceres, o bolsonarista foi candidato a deputado estadual nas eleições de 2022, pelo partido Democracia Cristã, não sendo eleito. 

Uma transmissão ao vivo feita por ele em perfil de Instagram convocando pessoas para integrarem os atos foi usada pela denúncia da procuradoria cntra ele, bem como por Moraes para mantê-lo detido.  

“Pessoal, tomamos o poder, tomamos o poder, estamos aqui em cima, estamos em cima do Planalto, estamos em cima do Planalto, estamos em cima, pegamos, chegamos aqui galera, é nosso, tomamos o poder, compartilha aí para esses bundão que não acreditaram na gente, tomamos o poder, é nosso, é nosso e não vamos sair mais daqui, está tomado pessoal, não vamos sair mais daqui. Rezem por nós, porque eles estão nos atacando, estão jogando gás de lacrimogênio, bomba. Tomaram aqui e não saímos com nenhuma pessoa ferida, muito menos morta. Conseguimos pessoal, tomamos pessoal. Orem por nós, agora a gente tem que se manter aqui, e você que não veio, vem”, disse Colombo no vídeo.

Em junho, ele foi denunciado por associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

Diante disso, houve representação da PF requerendo a reavalição da necessidade a preventiva de Colombo, bem como a realização de busca e apreensão, afastamento do sigilo telemático e sequestro de bens em desfavor de outros oito investigados.

Reexaminando o caso, Moraes anotou que há indícios concretos de que Colombo, motivado por convocações em grupos de redes sociais e aplicativos, se uniu a uma associação armada que cometeu crimes contra o Estado Democrático de Direito, sobretudo buscando a deposição do então presidente, legitimamente constituído, Lula (PT), que havia tomado posse em 1º de Janeiro de 2023.

As informações da PF e da denúncia feita Procuradoria-Geral da República indicaram, por meio de imagens e vídeos, que Colombo participou ativamente dos atos golpistas, no contexto da incitação dos crimes por meio das redes sociais e da efetiva participação da invasão dos prédios-sede dos Poderes da República.

Diante da presença dos elementos de que, em liberdade, Colombo possa encobrir seus ilícitos, alterar a verdade dos fatos contidos nos autos, coagir testemunhas, ocultar dados e destruir provas, Moraes decidiu manter sua prisão preventiva.
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