Juiz João Zibordi Lara, da 2ª Vara de Peixoto de Azevedo, manteve prisões preventivas decretadas em face da empresária Inês Gemilaki, do filho dela, o médico Bruno Gemilaki Dal Poz, e do cunhado dela, o operador de máquinas Eder Gonçalves Rodrigues, processados por quatro homicídios qualificados, sendo dois consumados e dois tentados.
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Ao reexaminar as prisões, magistrados salientou que a fundamentação da medida está perfeitamente justificada por meio dos dados concretos lançados nos autos e não se verificou qualquer alteração substancialmente fática desde a data da decisão.
“No caso em apreço, o decreto preventivo em face dos réus deverá se dar pela garantia da ordem pública, especialmente pelo cometimento de crimes com elevado grau de reprovabilidade e brutalidade e pela frieza de sua autoria, na medida que a infração foi praticada em momento de descontração das vítimas, na presença de várias pessoas, justificando, por si só, a custódia antecipada dos suspeitos”.
O caso
A 1° Promotoria de Justiça Criminal de Peixoto de Azevedo (691km de Cuiabá) os três nomes por quatro homicídios qualificados, sendo dois consumados e dois tentados. Eles são acusados de matar os idosos Pilso Pereira da Cruz e Rui Luiz Bogo e de tentar matar José Roberto Domingos e Erneci Afonso Lavall, por motivo fútil e utilizando-se de recurso que dificultou a defesa das vítimas. O crime aconteceu em 21 de abril de 2024.
O Ministério Público do Estado de Mato Grosso ainda requereu a fixação de indenização mínima no valor de R$ 2 milhões para reparação dos danos causados às vítimas e aos seus familiares, no caso dos que faleceram.
De acordo com a denúncia, na data dos fatos o trio invadiu a residência de Ernecir Afonso Lavall em busca dele, e efetuaram diversos disparos de arma de fogo no local, onde ocorria uma confraternização, impossibilitando a defesa das vítimas presentes. Os disparos realizados por Inês Gemilaki vitimaram fatalmente Pilso Pereira da Cruz e Rui Luiz Bogo e atingiram José Roberto Domingos e Erneci Afonso Lavall.