O Ministério Público Federal (MPF) arquivou notícia de fato instaurada para apurar conduta ilícita do vereador eleito pelo PL em Cuiabá, Rafael Ranalli, que também é escrivão da Polícia Federal, consistente no dia que ele mostrou a arma de fogo da corporação que portava na sua cintura durante uma convenção partidária. Arquivamento foi deliberado à unanimidade pela 7ª Câmara de Coordenação e Revisão - Controle externo da atividade policial e Sistema Prisional no início de outubro, e publicado no Diário desta terça-feira (29).
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Deliberação pelo arquivamento levou em conta o fato de que há investigação preliminar em andamento em âmbito de procedimento disciplinar administrativo, bem como considerou que o caso não evidenciou ocorrência de violação à regularidade e adequação ao exercício da atividade policial.
Durante a campanha, Ranalli apareceu, ostensivamente, mostrando a arma da corporação em vídeos que ele publicou em suas redes sociais. O caso de maior repercussão, e que gerou pedidos de providências tanto na justiça, como em esfera administrativa, foi quando ele mostrou sua arma para apoiadores do PL durante a convenção da sigla, no dia 6 de agosto.
No vídeo, Ranalli aparece ostentando o armamento em uma foto ao lado do deputado federal bolsonarista Abílio Brunini (PL), que na ocasião foi oficialmente apresentado como o candidato do PL para a disputa da prefeitura da capital mato-grossense. Apesar do repúdio gerado pela atitude de Ranalli, ele se elegeu vereador pela capital, e Abílio se tornou prefeito de Cuiabá.
“Deliberação: Em sessão realizada nesta data, o colegiado, à unanimidade, deliberou pela homologação do arquivamento”, votou o colegiado, nos termos do voto do relator, o procurador da República, Artur de Brito Gueiros Souza.