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Sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

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APITO FINAL

Juiz mantém tornozeleira de "Soldado" e mais um "funcionário" de WT, acusado de ser o tesoureiro geral do CV

Foto: Reprodução

Juiz mantém tornozeleira de
O juiz João Filho de Almeida Portela, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, manteve a tornozeleira eletrônica instalada em Alex Júnior Santos de Alencar, o Alex Soldado, e Renan Borman, alvos da operação Apito Final por supostamente agir pelo interesse do Comando Vermelho (CV). Soldado seria pessoa ligada a Paulo Witer, o WT, apontado como tesoureiro da facção. Já Borman responde por movimentar milhões via aquisição de carros para WT. Decisão é da última sexta-feira (25).


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“Sendo assim, indefere-se o pleito defensivo dos acusados Alex Júnior Santos de Alencar e Renan Freire Borman, mantendo o monitoramento eletrônico”, decidiu o juiz.

Em agosto, Almeida Portela soltou, além de soldado, Maria Aparecida Coluna Almeida (sogra de WT), Jeferson da Silva Sancoviche, Jean Marcel Neves Conrado, Fagner Farias Paelo (irmão de WT), Emanuele Antônia da Silva e Andrew Nickolas Marques dos Santos.
 
Aos alvos, foram impostas as seguintes medidas cautelares: comparecimento mensal em juízo para informar e justificar suas atividades; proibição de manter contato e realizar transações bancárias com os demais acusados; não praticar qualquer infração penal; proibição de acesso ou frequência a bares, boates para evitar o risco de novas infrações; manter o endereço atualizado, sob pena do processo seguir sem sua presença, se no caso de mudança de residência, não comunicar o novo endereço ao Juízo.
 
Na mesma decisão, foram mantidas as prisões de Paulo Witer, Mayara Bruno Soares Trombim, Luiz Fernando da Silva Oliveira, Cristiane Patrícia Rosa Prins e Cleyton César Ferreira de Arruda.
 
Para manter WT preso, magistrado citou que ele seria “tesoureiro geral, sendo responsável pela contabilidade grupo e arrecadação de valores oriundos do tráfico de drogas na região da Morada da Serra”.
 
Alex “Soldado” foi utilizado como laranja nas transações realizadas em nome do Supermercado Alice, empresa de fachada, propriedade de Paulo WT, usado para lavar o dinheiro. Ainda, na ocasião da compra do apartamento no Edifício Arthur, utilizado em prol da família de Paulo, foi Alex quem levou a quantia de R$ 350 mil em espécie, para a vendedora do imóvel.

Nos anexos extraídos de seu e-mail, a Polícia identificou que Alex realizava o pagamento de taxas de condomínio do imóvel residencial de WT, boletos da escola da filha do casal Paulo e Patrícia, compra de materiais utilizados nas obras de Paulo, conta de energia do endereço residencial de Cristiane e hospedagem de Paulo e a família no Malai Resort.

Ele também prestava auxílio para o Comando Vermelho na distribuição de cestas básicas para a população carente de Cuiabá. “Por fim, não medindo esforços para cumprir as ordens e demandas de seu superior Paulo, Alex se utiliza também de sua esposa Jaiane para realizar manobras de ocultação de patrimônio e lavagem de capitais, sendo apontado como “braço forte” de Paulo ITA”, narrou a investigação.
 

Já Renan teria movimentado quantias milionárias por meio da compra e venda de carros para Paulo Witer Farias, o WT, tesoureiro geral do Comando Vermelho em Mato Grosso e principal alvo da operação.

A título de exemplo, denúncia do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado – GAECO aponta aquisição do veículo Kia Sportage, pelo qual Renan desembolsou a quantia de R$ 30.000,00 em espécie, valor elevado para um mero revendedor de carros que sequer possui sede física de sua empresa ou empregados.

Apenas seis meses após a compra deste veículo pelo valor total de R$ 214 mil, Renan o vendeu por R$ 170 mil, com desvalorização de R$ 45 mil em curto período, também prática incomum para comerciantes que visam o lucro.

Além disso, Renan registrou como sendo proprietário do veículo Toyota Corolla, cujo pagamento foi dividido por ele (R$ 105 mil), por Andrew (R$ 40 mil) e por Michael (R$ 35 mil), outra prova do vínculo entre eles, todos denunciados.

Durante o período de afastamento bancário, verificou-se que Renan movimentou cerca de R$ 7 milhões em créditos e também débitos, transacionando com Erisson e Cristiane, apontada como esposa de WT. Ele próprio, WT, em seu interrogatório, confirmou que conhece Renan e que realizou a compra de veículos dele.
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