O advogado Herbert Costa Thomann ingressou com uma ação na 3ª Vara Cível de Cuiabá contra a empresa Betfair Brasil, filial de uma casa de apostas digital fundada em 2000 na Inglaterra, e cujo ‘embaixador’ nacional é o ex-jogador de futebol, Ronaldo “Fenômeno”. O processo inclui pedidos de indenização por danos morais e cobrança de valores, no valor de R$ 133.450,00. Examinando o caso, a juíza Ana Paula da Veiga Carlota Miranda negou o pedido liminar por fragilidade nas provas, mas designou audiência de conciliação para o dia 11 de dezembro.
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Thomann relata que foi atraído para a Betfair após assistir a uma propaganda protagonizada pelo ex-jogador Ronaldo. Em meio a dificuldades financeiras e confiando na reputação da casa de apostas, o advogado realizou um depósito inicial de R$ 4 mil na plataforma, com o objetivo de gerar renda extra. Ao longo de um mês de apostas, Thomann afirma ter acumulado a quantia de R$ 93.450,00.
No entanto, ao solicitar a transferência dos valores para sua conta corrente em 30 de dezembro de 2022, ele foi surpreendido pela recusa da Betfair em realizar o pagamento. Além disso, a empresa encerrou unilateralmente a conta do reclamante, sem fornecer explicações detalhadas, e reteve tanto o valor ganho quanto o depósito original.
Diante da situação, Thomann alega que a retenção do montante e o cancelamento da conta, sem justificativa, resultaram em sérios danos emocionais e financeiros, levando-o inclusive a perder dinheiro em outras casas de apostas na tentativa de recuperar o valor perdido. Ele sustenta que a frustração de suas expectativas financeiras causou um abalo psicológico profundo, justificando o pedido de R$ 40 mil a título de danos morais.
Na ação, o advogado solicita a condenação da Betfair ao pagamento dos R$ 93.450,00, acrescidos de juros e correção monetária, além da reativação imediata de sua conta digital na plataforma.
Também é requisitado que a empresa apresente o extrato completo da conta de Thomann, desde sua abertura até o encerramento, para comprovar os valores acumulados.
O processo inclui ainda um pedido de justiça gratuita e a inversão do ônus da prova, argumentando a hipossuficiência do autor na relação consumerista. O valor total da causa foi fixado em R$ 133.450,00.
