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Sexta-feira, 11 de outubro de 2024

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Apito Final

Centroavante do Amigos WT, 'Soldado' é preso em flagrante dirigindo bêbado e juiz impõe tornozeleira

Foto: Reprodução

Centroavante do Amigos WT, 'Soldado' é preso em flagrante dirigindo bêbado e juiz impõe tornozeleira
Centroavante do time de futebol amador “Amigos WT”, Alex Júnior Santos de Alencar será monitorado por tornozeleira eletrônica pelo período de seis meses, por ordem do juiz João Filho de Almeida Portela, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá. “Soldado”, como Alex é conhecido, foi alvo da Operação Apito Final e preso por atuar em conjunto com Paulo Witer Farias, o WT, líder do núcleo contábil que lavou mais de R$ 65 milhões para o Comando Vermelho em Mato Grosso.


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Alex “Soldado” foi utilizado como laranja nas transações realizadas em nome do Supermercado Alice, empresa de fachada, propriedade de Paulo WT, usado para lavar o dinheiro. Ainda, na ocasião da compra do apartamento no Edifício Arthur, utilizado em prol da família de Paulo, foi Alex quem levou a quantia de R$ 350 mil em espécie, para a vendedora do imóvel.

Nos anexos extraídos de seu e-mail, a Polícia identificou que Alex realizava o pagamento de taxas de condomínio do imóvel residencial de WT, boletos da escola da filha do casal Paulo e Patrícia, compra de materiais utilizados nas obras de Paulo, conta de energia do endereço residencial de Cristiane e hospedagem de Paulo e a família no Malai Resort.

Ele também prestava auxílio para o Comando Vermelho na distribuição de cestas básicas para a população carente de Cuiabá. “Por fim, não medindo esforços para cumprir as ordens e demandas de seu superior Paulo, Alex se utiliza também de sua esposa Jaiane para realizar manobras de ocultação de patrimônio e lavagem de capitais, sendo apontado como “braço forte” de Paulo ITA”, narrou a investigação.

Soldado foi liberado do cárcere em 7 de agosto, por ordem de Portela, o qual ordenou o cumprimento de várias medidas cautelares diversas da prisão, sem, contudo, impor a instalação da tornozeleira.

Porém, no dia 24, Soldado foi preso em flagrante delito por dirigir embriagado em Cuiabá. Diante do descumprimento das cautelares, como a proibição de praticar qualquer infração penal e acessar bares e congêneres, o juiz enrijeceu as alternativas à prisão e mandou instalar a tornozeleira no calcanhar de Soldado, por seis meses.

Foragidos, os alvos Michael Richard da Silva Almeida e Emerson Ferreira Lima postularam a revogação do mandado de prisão expedido contra eles. Contudo, por não terem se apresentado à Justiça, o juiz negou-lhes o pedido.

A Operação Apito Final, deflagrada o começo de abril, iniciou após investigação na movimentação bancária de WT, apontado como líder contábil do CV em MT. Foi constatado que o grupo liderado por ele lavou milhões de reais provenientes do tráfico de drogas. 

Time de futebol amador, empresas e supermercados de fachada, casa de luxo, veículos de alto padrão, viagens em praias e hotéis luxuosos faziam parte das “estratégias” usadas pelos faccionados para lavar quantidades milionárias, como forma de furtar as autoridades da verdadeira origem dos recursos: a venda ilegal de drogas.
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