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Domingo, 06 de outubro de 2024

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OPERAÇÃO CAPOREGIME

Composta por pai, filho, irmão e policial, quadrilha especializada em agiotagem é condenada a 76 anos

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Composta por pai, filho, irmão e policial, quadrilha especializada em agiotagem é condenada a 76 anos
O juiz João Filho de Almeida Portela condenou membros da quadrilha especializada em agiotagem, que praticou os crimes durante dez anos em Mato Grosso, sobretudo na capital. Somadas, as penas por organização criminosa e extorsão alcançaram os 76 anos. Pai, filho, irmão e um policial estão entre os condenados. Sentença da 7ª Vara Criminal de Cuiabá foi publicada no Diário Oficial de Justiça desta terça-feira (3).


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Em 2019, o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado deflagrou a operação “Caporegime” para desarticular as ações de agiotagem promovidas pelo grupo.
 
Na época, foram presos preventivamente: João Claudinei Favato, Luis Lima de Souza, Edson Joaquim Luis da Silva, Luan Correia da Silva e Purcino Barroso Braga Neto, vulgo “Neto”; e presos temporariamente: contra José Paulino Favato, Caio Cesar Lopes Favato e Clodomar Massoti.
 
De acordo com a assessoria do Ministério Público, todos são suspeitos de integrar uma quadrilha de agiotagem, que já praticava os crimes há dez anos. Além disso, também pesam contra eles suspeitas de tentativa de homicídio e extorsões.
 
Os líderes da organização seriam João Claudinei Favato, seu filho Caio Cesar Lopes Favato, e seu irmão José Paulino Favato. Os demais são suspeitos de integrarem a “célula” de cobrança, inclusive o policial Edson Joaquim.
 
O caso chegou ao conhecimento do Gaeco em 2016, e durante as investigações foi constatado que as vítimas pegavam dinheiro emprestado e pagavam juros de 4 a 5% ao mês. Na maioria das vezes, acabavam não conseguindo honrar os compromissos e eram obrigadas a transferir bens com valores bem superiores ao da dívida contraída. Foram identificadas sete vítimas até o momento.
 
João Claudinei Favato, apontado como líder da organização criminosa, foi condenado a 18 anos no regime fechado, e 197 dias multa. Seu filho, Kaio Cesar Favato pegou 10 anos no fechado. Irmão de João, José Paulino Favato foi condenado a 7 anos o semiaberto. Luis Lima recebeu pena de 10 anos no fechado. O policial Edson foi punido com 10 anos, no regime fechado. Luan Correia foi penalizado com 12 anos, no fechado. Por fim, Purcino Barbosa recebeu 10 anos, no fechado.
 
O juiz concedeu-lhes o direito de recorrerem em liberdade. Porém, decretou a prisão preventiva dos condenados assim que a sentença transitar em julgado. Somente José Paulino que foi beneficiado com o semiaberto. 
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