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Terça-feira, 08 de outubro de 2024

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LIBERDADE CAUSA REVOLTA

Menos de um anos após assassinar a mulher com um tiro na cabeça, veterinário é solto por ordem do TJ

Foto: Reprodução

Menos de um anos após assassinar a mulher com um tiro na cabeça, veterinário é solto por ordem do TJ
Menos de um ano após ser preso por matar a própria mulher na frente da filha do casal, o feminicida Anderson Francisco Magalhães, que também é médico veterinário, foi solto por ordem do desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso. Em 2 de setembro de 2023, Ana Paula dos Santos Pereira Magalhães foi assassinada com um tiro na cabeça. Ela tinha 41 anos e foi executada durante uma discussão motivada por ciúmes.


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O caso está sob segredo de Justiça e a soltura, mediante concessão de habeas corpus, foi revelada pelo programa Cadeia Neles nesta quinta-feira (22), após os familiares da vítima se revoltarem e buscarem a imprensa para veicular a liberdade do feminicida.

"A família está muito revoltada. Eu acredito que não só a família, mas todas nós, mulheres. Nós começamos a receber rumores de que ele estava solto. Todos os dias, acompanhamos o processo e lá constava que ele estava preso. Quando esses rumores começaram a aumentar, nós fomos à promotoria de Cotriguaçu. Eu perguntei se o réu estava solto e responderam que não estava. Passei isso para a família, mas mesmo assim a família decidiu fazer movimentos. Depois, a Promotoria de Justiça de Cotriguaçu entrou em contato e confirmou que ele foi solto, sim. Ele conseguiu um habeas corpus. Isso é revoltante. Como um homem que foi denunciado por feminicídio está solto? Qual é a resposta que a justiça vai dar?", declarou Leide de Oliveira, cunhada da vítima, em entrevista ao Programa Cadeia Neles, da TV Vila Real, nesta quinta-feira (22)

O fato aconteceu no imóvel do casal, por volta das 15h50 do dia 2 de setembro do ano passado, um sábado. O crime foi descoberto após Anderson ir até uma distribuidora e afirmar que havia atirado na esposa. 

Ele pediu para as testemunhas acionarem o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e depois fugiu do local em uma caminhonete.

Os policiais civis e militares foram até o local e encontraram Ana Paula já sem vida, no banheiro. Na casa estava a filha do casal, de cinco anos, que presenciou o crime.

A equipe policial encontrou um revólver calibre 38 na mesa da sala do imóvel com quatro munições intactas e uma deflagrada.

Após relatar o fato para um amigo, Anderson fugiu em uma caminhonete. A Polícia Civil foi acionada e conseguiu encontrar o médico veterinário escondido em uma fazenda na zona rural de Cotriguaçu.

Ele alegou que durante a discussão, a mulher apontou uma arma de fogo para ele. Anderson entrou em luta corporal com a companheira e quando pegou a arma, efetuou um disparo na cabeça de Ana Paula. Tal versão é usada pelo seu advogado para justificar tese de legítima defesa.
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