A Federação Fé Brasil (PT, PCDO B E PV) solicitou que o Ministério Público abra investigação para apurar se o suplente de deputado estadual, Rafael Ranalli, que também é Policial Federal e pré-candidato à vereador por Cuiabá, comete delito ao expor, ostensivamente, uma arma de fogo em sua cintura nos seus vídeos de campanha, compartilhado nas redes sociais. Na mesma representação por propaganda antecipada, a federação pediu que Ranalli seja obrigado a retirar das suas redes sociais os vídeos em que aparece armado.
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Pedido foi apresentado à Justiça Eleitoral na última sexta-feira (9), dias após Ranalli repercutir nacionalmente por ter sido filmado mostrando sua arma para apoiadores do PL durante convenção do partido, realizada no dia 6.
No vídeo, Ranalli aparece ostentando o armamento em uma foto ao lado do deputado federal bolsonarista Abílio Brunini (PL), que foi oficialmente apresentado como o candidato do PL para a disputa da prefeitura da capital mato-grossense.
Por conta de tal registro, e de outros, os quais Ranalli faz questão de ostentar sua arma, a federação ajuizou representação eleitoral por propaganda antecipada contra o PF, pedindo a investigação ministerial e ordem judicial para que ele retire das redes sociais os vídeos que aparece armado.
“Eis que massivamente coloca seu nome em foco, utilizando-se de ter assumido temporariamente como deputado e valendo-se do nome do ex-presidente inelegível Jair Bolsonaro por várias vezes, como se este fosse seu cabo eleitoral. Importante salientar, que Rafael Ranalli, de forma abjeta e desnecessária, expõe ostensivamente na cintura uma arma de fogo enquanto discursa nos atos de campanha, sendo este outro símbolo do movimento Bolsonarista, que serve tão somente para incitar o ódio e a violência, mas que indica aos simpatizantes do movimento uma sinalização de voto”, diz trecho da representação, a qual ainda não foi julgada pela Justiça Eleitoral.
Ranalli assumiu uma cadeira na Assembleia Legislativa na ausência do deputado Elizeu Nascimento, que se licenciou. Além da repercussão pela exibição da convenção de Abílio, “Guarda”, como ele é conhecido, repercutiu na mídia por apresentar um projeto polêmico na casa de leis.
Um deles, na prática, é um incentivo para a matança em operações policiais. Quando o mundo debate sobre o abuso das forças, o parlamentar, que é policial federal, quer criar a “Medalha Sargento Odenil Alves” para homenagear agentes de segurança que abaterem bandidos.
No projeto fica estabelecido que serão consideradas ações de grande relevância, ações que resultem na morte do criminoso, agente de segurança pública que for morto, agente que agir em legítima defesa, que envolva a prevenção de crimes de grande impacto social e demonstre coragem, destemor e eficiência na aplicação da lei.