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Domingo, 06 de outubro de 2024

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CNJ SUGERE LOBISMO NO TJMT

Promotor quer novas diligências no inquérito que investiga o assassinato de Roberto Zampieri

Foto: Reprodução

Promotor quer novas diligências no inquérito que investiga o assassinato de Roberto Zampieri
O Ministério Público do Estado (MPE) solicitou novas diligências no inquérito complementar que apura o assassinato do advogado Roberto Zampieri, executado em dezembro de 2023 com pelo menos dez tiros, enquanto deixava o seu escritório, na capital.


Leia mais: CNJ sugere que Zampieri atuava como lobista no TJ por pagar vantagens aos magistrados de acordo com seus interesses

Pedido foi feito pelo promotor de Justiça Jorge Damante após o Conselho Nacional de Justiça sugerir que Zampieri atuava como um “lobista” no Tribunal de Justiça, distribuindo propina e presentes caros aos magistrados para atingir seus interesses.

Tal suspeita culminou no afastamento dos desembargadores João Ferreira Filho e Sebastião de Moraes, nesta quinta (1), os quais possuíam relação de amizade com Zampieri.
 
A Corregedoria Nacional de Justiça determinou nesta quinta o afastamento cautelar imediato das funções dos desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso, Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho.
 
O Corregedor Nacional, ministro Luis Felipe Salomão, também determinou a instauração de reclamações disciplinares contra os dois magistrados, além da quebra dos sigilos bancário e fiscal dos investigados e de servidores do TJMT, referente aos últimos cinco anos.
 
Há indícios de que os magistrados mantinham amizade íntima com o falecido advogado Roberto Zampieri – o que os tornaria suspeitos para decidir processos patrocinados pelo referido causídico.
 
Roberto Zampieri foi assassinado no fim de 2023, próximo ao seu escritório no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá.

Há linha de investigação que apura se decisão do desembargador Sebastião de Moraes Filho teria sido o “estopim” para a execução do advogado.

Aníbal Manoel Laurindo, suspeito de mandar matar a vítima, estaria envolvido em ação que discutia posse de uma área rural com mais de 4 mil hectares. Ele teria sido atingido por decisão para desocupação sobre terceiros. Posteriormente, conseguiu suspender temporariamente a desocupação junto ao Tribunal de Justiça (TJMT).
 
Olhar Direto apurou que há linha de investigação no sentido de que o suposto mandante (Anibal) teria, no âmbito de um recurso interposto no Tribunal de Justiça, arguido a suspeição do desembargador Sebastião, por supostas relações com o advogado Roberto Zampieri.
 
Acolhida a exceção de suspeição pelo próprio desembargador, este viu por bem revogar a decisão que impedia a imediata imissão na posse da propriedade pertencente ao investigado Anibal, o que, segundo a Autoridade Policial, teria sido o estopim da ordem para execução da vítima.
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