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Quinta-feira, 10 de outubro de 2024

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MORADORES DE CUIABÁ

Réus no 8 de Janeiro, mais dois bolsonaristas voltam à cadeia por violação da tornozeleira eletrônica

Foto: Reprodução

Réus no 8 de Janeiro, mais dois bolsonaristas voltam à cadeia por violação da tornozeleira eletrônica
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou mais dois mato-grossenses bolsonaristas de volta à cadeia por violações nas respectivas tornozeleiras eletrônicas. Moraes também bloqueou suas contas bancárias, ativos e veículos automotores. Ambos são réus pela participação dos atos golpistas do 8 de Janeiro. Decisão é do último dia 24.


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A Secretaria de Estado de Segurança Pública do Estado (Sesp-MT) informou o STF que Reginaldo Silveira, morador do CPA II, em Cuiabá, violou sua tornozeleira em 73 ocasiões, inclusive rompendo sua cinta.

A pasta também apontou que Paulo Roberto de Moraes Delgado, residente no bairro Quilombo, centro da capital, violou o equipamento em 23 ocorrências, também rompendo a cinta.

Paulo e Reginaldo foram presos em flagrante em frente ao Quartel General do Exército Brasileiro, em Brasília, onde acamparam tendo por mote principal uma intervenção militar, com a tomada dos Poderes Constituídos e a instalação de uma ditadura.  

Eles se juntaram a outros três réus de MT que também foram presos novamente, pelos mesmos motivos: servidora da capital Lindalva Cesaria de Campos, o morador de Juara Valdir Francisco de Souza e Lauro Henrique Xavier, de Alto Araguaia.

Paulo e Reginaldo foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República no âmbito do Inquérito 4.921, que investiga autores intelectuais e instigadores dos atos antidemocráticos, referente aos crimes de associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, ameaça, perseguição e incitação ao crime.

Em março, eles foram colocados em liberdade provisória mediante a imposição de medidas cautelares, como a suspensão dos passaportes, proibição de usarem redes sociais e ausentarem do país, suspensão dos portes de arma e o uso da tornozeleira.

Ocorre que, após as respectivas concessões de liberdade, os três violaram o monitoramento, o que, conforme Moraes já havia alertado, ensejaria em novo decreto prisional. E assim ocorreu.

Diante da insistência dos réus em desrespeitar as medidas impostas, revelando o desprezo que têm pelas ordens do STF e do Judiciário, Moraes resolveu mandar os três de volta para a cadeia, decretando as suas prisões preventivas.

O ministro também mandou bloquear, imediatamente, as contas bancárias, ativos financeiros, bens móveis e imóveis dos três, a fim de garantir o seguro cumprimento das medidas.
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