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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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EM POCONÉ

Acusado de matar onça não paga fiança de R$ 500 mil e tem alvará de soltura revogado

Foto: Reprodução

Acusado de matar onça não paga fiança de R$ 500 mil e tem alvará de soltura revogado
A juíza Kátia Rodrigues Oliveira, da Vara Única de Poconé, suspendeu alvará de soltura em nome do fazendeiro Benedito Nédio Nunes Rondon, acusado de matar onça-pintada com um tiro na cabeça, em Poconé. Decisão é de terça-feira (19).

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Segundo decisão, o acusado não pagou fiança de 413 salários mínimos, mais de R$ 500 mil. “Indefiro o pedido de prorrogação de prazo para pagamento já que o inadimplemento da fiança no prazo fixado já configura o descumprimento da ordem judicial e evidencia à resistência do acusado em pagar os valores fixados, quantia esta que sequer foi contestada na audiência de custódia. Ademais não há nos autos prova que houve diligências para levantamento do valor quer seja por familiares quer seja pelo procurador constituído”, diz trecho do processo.
 
A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Poconé (104 km ao sul de Cuiabá), cumpriu o mandado de prisão preventiva na segunda-feira. O suspeito se apresentou no final da tarde, na unidade policial, na presença do advogado.
 
Uma semana antes da prisão, a equipe da Delegacia de Poconé, em parceria com a Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema), montou força-tarefa na região para localizar o suspeito que estava foragido desde o início do mês. Segundo o delegado de Poconé, Maurício Maciel Pereira Júnior, no período em que esteve foragido, o suspeito estava escondido no estado de Mato Grosso do Sul.
 
Ao se apresentar, foi dado cumprimento ao mandado de prisão preventiva e no interrogatório, o suspeito permaneceu em silêncio.
 
O caso
 
O suspeito teve a prisão preventiva decretada com base nas investigações da Polícia Civil em razão de um vídeo que circulou na internet, em que aparecia ao lado da onça morta, com uma pistola em cima do corpo do animal.

Durante a filmagem, o suspeito confessa o crime e dizendo que matou a onça, e ainda vilipendia o corpo do animal silvestre, dizendo que “não valia nada” e que se fosse uma fêmea aproveitaria para ter relações sexuais com o animal.
 
De acordo com informações preliminares obtidas nas investigações da Polícia Civil, o suspeito teria outras armas de fogo, além de couro, patas e outros materiais decorrentes de caça ilegal de animais silvestres em sua casa e na sua fazenda.
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