Justiça condenou a 20 anos de reclusão (em regime fechado) o policial militar Lucélio Gomes Jacinto, processado pela morte do tenente Carlos Henrique Scheifer, do Batalhão de Operações Especiais (Bope). Sessão de julgamento ocorreu nesta quinta-feira (24), na Vara Especializada em Justiça Militar.  O PM não teve o benefício de recorrer em liberdade. O juiz auditor, porém, suspendeu mandado de prisão em virtude de habeas corpus deferido pelo Tribunal de Justiça. Decisão foi estabelecida por maioria. 

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Acusação foi feita pela promotora de Justiça Daniele Crema da Rocha de Sousa. Conselho Permanente de Justiça foi composto pelo Ten Cel PM Alex Fontes Meira e Silva, Cap BM Lucas Souza Chermont, 1º Ten PM Thallita Kelen Fonseca Castrillon e 1º Ten PM Thiago Ignacio Cardoso da Silva.
 
Seguindo alegações finais do Ministério Público, por falta de provas, foram absolvidos Joailton Lopes de Amorim e Werney Cavalcante Jovino. Crime ocorreu em maio de 2017. Os envolvidos chegaram a ser presos em março de 2019, mas foram liberados dias depois em decisão do Tribunal de Justiça.
 
A motivação do crime, segundo o MPE, foi evitar que a vítima adotasse medidas contra os denunciados que pudessem resultar em responsabilização e, até mesmo eventual perda da farda, por desvio de conduta em uma operação que culminou na morte de um suspeito de roubo na modalidade “novo cangaço”.
 
Consta na denúncia que Scheifer foi atingido por um disparo frontal efetuado pelo próprio colega de farda na região abdominal em um local que havia sido, no dia anterior, palco de confronto entre policiais e suspeitos de roubo.
 
Exame de confrontação balística feita no projétil que ficou alojado no corpo da vítima constatou que o disparo que culminou na morte do 2º Ten PM Scheifer partiu do fuzil portado pelo acusado Lucélio Gomes Jacinto.