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Sexta-feira, 29 de março de 2024

Notícias | Criminal

caso Toni Flor

Esposa confessa em audiência que mandou matar companheiro

Foto: reprodução

Esposa confessa em audiência que mandou matar companheiro
Ana Claudia de Souza Oliveira Flor confessou nesta quinta-feira (24) que mandou matar o marido, o empresário Toni Flor. Confissão ocorreu durante interrogatório presidido pelo juiz Flávio Miráglia, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá. O crime foi registrado em agosto de 2020. Investigações iniciais foram realizadas pelo delegado Marcel Oliveira, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

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Denúncia foi oferecida contra Ana Claudia, Igor Espinosa, Wellington Honorio Albino, Dieliton Mota da Silva e Ediane Aparecida da Cruz Silva.  A denúncia inclui ainda Sandro Lúcio dos Anjos da Cruz Silva, que responde por falso testemunho, após ter feito afirmação falsa no âmbito do inquérito policial.

De acordo com a investigação, Toni da Silva Flor e Ana Claudia de Souza Oliveira Flor estavam casados há 15 anos, tendo inclusive três filhas. O casamento, no entanto, vinha se deteriorando, notadamente por conta de relacionamentos extraconjugais da acusada. Alguns dias antes de ser morto, Toni teria anunciado a intenção de se separar.

Durante a investigação, foi constatado que o crime foi encomendado mediante oferta de pagamento no valor R$ 60 mil, mas a esposa teria repassado somente R$ 20 mil. Verificou-se também que o executor gastou todo o dinheiro em festas no Rio de Janeiro. Consta nos autos, que os detalhes do crime foram discutidos em reunião virtual via WhatsApp.

Versão 

Ana Claudia de Souza Oliveira Flor, atualmente presa, afirmou em seu interrogatório que era casada há 15 anos e tinha três filhos com a vítima. Se casou com Toni aos 18 anos. Desde o começo, segundo a interrogada, Toni era muito ciumento.
 
A suposta mandante afirmou que sofreu agressão física por causa de ciúmes. Em consequência, registrou três boletins de ocorrência. Ana Claudia disse ainda que sofreu ameaças de morte proferidas pelo companheiro. Ameaças atingiam ainda as filhas do casal. O relacionamento chegou a acabar por duas vezes.
 
A ré diz que pensou em matar o marido no ano de 2020, durante uma agressão em que foi ameada com uma faca. Após uma briga, Ana Claudia pediu para ficar na casa da amiga, Ediane Aparecida da Cruz Silva. Após contar sobre a briga e ameaças, Ediana supostamente afirmou que poderia ajudar, apontando alguém para matar Toni Flor.
 
Conforme Ana Claudia, após a fala de Ediane, uma pessoa entrou em contato, afirmando que faria o serviço se a questão envolvesse violência doméstica. O home que contatou pediu R$ 60 mil. Segundo Ana Claudia, porém, a conversa não progrediu. A esposa não passou detalhes sobre a rotina de Toni Flor.
 
Após o primeiro contato, Ana Claudia afirma que não deu o aval. Isso explicaria as ações de Ana Claudia após o assassinato, pedindo por investigação e justiça. Após carreata organizada por Ana, cobrando medidas contra a morte, o assassino ligou, cobrando os R$ 60 mil. Foi quando Ana Claudia percebeu Toni Flor havia sido assassinado pelo homem que a contatou dias antes.

“Eu passei 15 anos escondida, tentando salvar meu casamento, eu não saia falando da minha vida, eu não queria essa história para mim”, afirmou Ana Claudia.

A suposta mandante do crime explicou que pensou em mandar matar o assassino de seu marido, como forma que tentar acobertar a história, mas que o pensamento ocorreu em uma fase de desespero, não se concretizando.
 
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