Olhar Jurídico

Quinta-feira, 28 de março de 2024

Notícias | Criminal

busca absolvição

Ledur recorre de sentença que desclassificou tortura e condenou por maus-tratos

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Ledur recorre de sentença que desclassificou tortura e condenou por maus-tratos
O advogado Huendel Rolim protocolizou nesta terça-feira (28) recurso de apelação em face da sentença que condenou a tenente bombeiro, Izadora Ledur, por maus-tratos. As razões do recurso ainda são aguardadas. Antes da sentença, Ledur buscava pela absolvição. 

Leia também 
'O pano de fundo da ré Ledur era a instrução e não o sofrimento', diz sentença que não reconheceu tortura

 
Em decisão do dia 23 de setembro, por maioria, a Justiça Militar livrou a tenente bombeiro Izadora Ledur da acusação de tortura e morte. O crime foi desclassificado para maus-tratos, com pena privativa de liberdade estabelecida em um ano, a ser cumprida em regime inicial aberto, sem a perda da função. 
 
Sessão na Décima Primeira vara Criminal de Cuiabá foi presidida pelo juiz Marcos Faleiros. Sentença levou em conta exame de necropsia que constatou hemorragia cerebral de causa natural. 
 
Conforme sentença, dos elementos de prova, ficou constatado o excesso de caldos (submergindo o aluno) e agressões praticadas por Ledur como maus tratos, mas não como crime de tortura, em virtude do elemento subjetivo da conduta.
 
Ainda conforme sentença, “o pano de fundo da ré Ledur era a instrução e não o sofrimento atroz e profundo por si só”.
 
Antes da defesa de Ledur, o Ministério Público já havia protocolizado recurso de apelação.
 
A morte

Rodrigo morreu durante o 16º Curso de Formação de Bombeiros em Mato Grosso, que era ministrado pela tenente. De acordo com a denúncia, a morte ocorreu no dia 10 de novembro de 2016, durante atividades aquáticas em ambiente natural, na Lagoa Trevisan, em Cuiabá.
 
Apesar de apresentar excelente condicionamento físico, o aluno demonstrou dificuldades para desenvolver atividades como flutuação, nado livre, entre outros exercícios.
 
Embora o problema tenha chamado a atenção de todos, os responsáveis pelo treinamento não só ignoraram a situação como utilizaram métodos reprováveis para aplicar “castigos”. Rodrigo Lima morreu por hemorragia cerebral.
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet