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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Reconduzido, Borges faz discurso pela democracia e classifica Bolsonaro como 'insensível' e 'desumano'

Foto: MPMT

Reconduzido, Borges faz discurso pela democracia e classifica Bolsonaro como 'insensível' e 'desumano'
O promotor de Justiça José Antônio Borges, reconduzido ao cargo de Procurador-geral de Justiça nesta quarta-feira (10), utilizou parte de seu discurso para criticar o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). “Temos um presidente da República insensível, desumano, inconsequente, terraplanista, que desprezou a ciência e jogou a população contra os governadores e prefeitos e, por consequência já temos mais de duzentos e trinta e três mil e quinhentos e vinte mortos”, alertou, citando a pandemia do novo coronavírus..

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Borges foi eleito para o primeiro mandato como procurador-geral de Justiça em dezembro de 2018 com 139 votos e tomou posse em março de 2019. Em 2020 disputou novamente o cargo e obteve 142 votos, ocupando o primeiro lugar na lista enviada ao governador do Estado. Preocupado com o futuro, o PGJ teceu mais críticas.
 
“O nosso Presidente da República, vencedor da última eleição com a bandeira liberal, que torço que cumpra sua proposta de diminuir o tamanho do Estado, fazer a reforma tributária e a privatização das estatais deficitárias, tem adotado uma postura e um discurso que deixam a população brasileira preocupada com o futuro da nossa democracia”.
 
“Ter adversários políticos é saudável, mas a polarização e divisão da população que temos assistido, entre 'Nós e Eles', e falar de comunismo numa economia globalizada para criar um inimigo, como tem feito o Chefe da Nação, não é hilário, mas preocupante”, prosseguiu Borges.
 
O atual PGJ ingressou no Ministério Público em 1992. Ele atuou nas comarcas de Alta Floresta, Dom Aquino, Jaciara e Cuiabá. A sua trajetória, na Capital, é marcada pela atuação nas Promotorias de Justiça de Defesa da Criança e do Adolescente. Exerceu ainda, sem prejuízo das funções, a coordenação do Núcleo de Apoio para Recursos aos Tribunais Superiores (NARE) e do Centro de Apoio Operacional do Ministério Público do Estado de Mato Grosso – CAOP. Ocupou também o cargo de diretor-geral da Fundação Escola Superior do Ministério Público e foi presidente, por três mandatos, da Associação Mato-grossense do Ministério Público (AMMP). 
 
Borges utilizou seu discurso para citar ainda o “Gabinete do Ódio” instalado no Palácio do Planalto para “atacar as Instituições pilares do Estado Democrático de Direito, que são o Congresso Nacional, Poder Judiciário e Ministério Público, no sistema de freios e contrapesos”.
 
“Os ataques não são somente às instituições que compõem os poderes que formam o Estado brasileiro, mas também ao ‘espaço cívico’que se tenta corroer com intimidação, assédio e difamação. Tática usada com frequência por membros do atual Governo Federal e importante parte de seus apoiadores e seguidores”.
 
Finalizando citação ao presidente, Borges salientou que o pior na “orquestração disruptiva” orquestrada pelo presidente “é dizer que houve fraude na eleição e que teria vencido no primeiro turno, mas não apresentar provas, num total desrespeito à Justiça Federal Eleitoral”.
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