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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Julgamento é adiado novamente e mulher acusada de mandar matar marido permanece presa

Foto: Reprodução

Julgamento é adiado novamente e mulher acusada de mandar matar marido permanece presa
A juíza Rosângela Zacarkim dos Santos, da 1ª Vara Criminal de Sinop (a 480 km de Cuiabá), adiou mais uma vez o julgamento de Cleia Rosa dos Santos Bueno, Adriano dos Santos e José Graciliano dos Santos, réus no processo sobre o assassinato de Jandirlei Alves Bueno e Adriano Gino, ex-marido e ex-amante de Cleia, respectivamente. Em decorrência das férias do promotor de Justiça, a sessão foi remarcada para o dia 2 de dezembro de 2020. Cleia permanece presa desde 2018.
 
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Em junho deste ano a defesa questionou sobre o prazo de tramitação do processo e a magistrada citou que os réus estão presos há mais de dois anos, mas que o julgamento só não ocorreu em decorrência das medidas do Poder Judiciário pela prevenção contra o coronavírus.
 
O Tribunal de Justiça de Mato Grosso iniciou o processo de reabertura de suas instalações, gradativamente, no último mês de agosto. O julgamento de Cleia, Adriano e José, no entanto, só será realizado em dezembro em decorrência das férias do promotor de Justiça que atua na Comarca de Sinop.
 
A magistrada também citou que não seria possível a substituição do promotor e em decorrência disso remarcou a sessão de julgamento para o próximo dia 2 de dezembro, às 8h30.
 
O caso
 
Cléia Rosa dos Santos foi presa em março de 2018, acusada de mandar matar o marido, Jandirlei Alves Bueno, em Sinop. O crime foi cometido por seu então amante em 2016 em uma simulação de um latrocínio. Um ano depois ele também foi assassinado – conforme a polícia - a mando da suspeita, que contou com a ajuda de dois guardas noturnos.
 
Ambos foram presos e, assim como Cléia, confessaram a participação no crime. Os restos mortais do amante foram localizados enterrados em uma área de mata. A vítima, de acordo com a polícia, é Adriano Gino.
 
Na mesma vala, os assassinos enterraram uma motocicleta, que foi encaminhada junto a ossada para análise da Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec). Neste crime, Cléia teria dopado o amante até que os executores chegassem ao local. Adriano foi morto com golpes de enxada. A suspeita é que o amante passou a ameçá-la.
 
Jandirlei, por sua vez, foi atingido por dois golpes de faca, em outubro de 2016, chegando a permanecer internado no Hospital Regional por quase dois meses, falecendo em seguida. Na data do crime a mulher contou à polícia que estava em casa com o marido quando foram rendidos por dois assaltantes. Diante de uma reação do homem, os bandidos então teriam o esfaqueado.
 
Ao Olhar Jurídico a defesa de Cléia confirmou que ela foi a mandante do assassinato de Adriano Gino, mas disse que ela não teve envolvimento na morte de Jandirlei. Cléia teve um relacionamento extraconjugal com Adriano, mas a relação teria acabado antes de Jandirlei ser morto.

Segundo a defesa, Cléia acredita que Adriano planejou a morte de Jandirlei para ficar com ela, o que acabou acontecendo. Ela teria relatado que Adriano era muito possessivo, a agredia, estuprava e teria ameaçado os filhos dela. Por causa disso ela disse que planejou a morte dele.
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