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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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PROCESSO DE CASSAÇÃO

Selma diz que Justiça ignorou suposto caixa 2 de Fávaro apontado por testemunha

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Selma diz que Justiça ignorou suposto caixa 2 de Fávaro apontado por testemunha
A senadora cassada Selma Arruda (Podemos) afirmou que os magistrados que atuaram em seu processo de cassação, e a Procuradoria Regional Eleitoral de Mato Grosso, ignoraram uma denúncia feita por uma testemunha ouvida no processo. Segundo ela, a testemunha teria dito que o mesmo serviço que vendeu a Selma, e foi considerado caixa 2, também teria sido vendido a Fávaro.
 
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A ex-juíza foi entrevistada pelo programa Roda de Conversa, da TV Gazeta. Na ocasião ela falou sobre o seu processo de cassação, que segundo ela está cheio de irregularidades.
 
A senadora cassada afirmou que os magistrados que a julgaram ignoraram uma denúncia de suposto caixa 2 que teria sido cometido pelo ex-governador, e ex candidato ao Senado, Carlos Fávaro (PSD).
 
“No depoimento de uma das testemunhas arroladas pelo Fávaro, ela diz 'olha eu recebi realmente da senhora Selma uma quantia X, em um cheque nominal cruzado, para fazer pesquisa para ela, e essa mesma pesquisa eu vendi para o Fávaro, só que ele não me pagou em cheque, ele me pagou em dinheiro vivo', isso não é caixa 2? Isso está no processo, o juiz fez de conta que não viu, desembargador não viu nada, Ministério Público não viu, ninguém investigou e nem vai investigar”.
 
Selma ainda disse que outro ponto que deixaram passar foi a atuação de Carlos Eduardo Frazão do Amaral como um dos advogados de acusação. Frazão é diretor de Assuntos Técnicos e Jurídicos da Presidência do Senado.
 
Cassação
 
O Pleno do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por maioria, acatou decisão do TRE-MT e manteve a cassação da senadora Selma Arruda em sessão do dia 10 de dezembro, declarando-a inelegível por oito anos.
 
O TSE constatou que Selma Arruda omitiu fundos à Justiça Eleitoral, que foram aplicados, inclusive, no pagamento de despesas de campanha em período pré-eleitoral. Esses valores representariam 72% do montante arrecadado pela então candidata, o que caracterizaria o abuso do poder econômico e o uso de caixa dois.
 
Entre as irregularidades apontadas, o TRE destacou que a senadora eleita teria antecipado a corrida eleitoral ao realizar nítidas despesas de campanha, como a contratação de empresas de pesquisa e de marketing em período de pré-campanha eleitoral, o que a legislação proíbe.
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