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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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pedido de absolvição

Defesa afirma que Stringueta chamou Jarbas para briga; 'reflita, em nome de Jesus', teria dito ex-secretário

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Defesa afirma que Stringueta chamou Jarbas para briga; 'reflita, em nome de Jesus', teria dito ex-secretário
O ex-secretário de Segurança e delegado da Polícia Civil, Rogers Jarbas, denunciado por suposta coação no curso do processo praticada contra o também delegado Flávio Stringueta, relatou em sua defesa que não ofendeu o colega. Ao contrário. Segundo Jarbas, quem gerou ameaças foi justamente Stringueta. Os argumentos servem para fundamentar pedido de absolvição.
 
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Conforme Rogers Jarbas, no momento do encontro entre as partes, dentro de um supermercado de Cuiabá, Stringueta “estranhamente sorriu, com ar aparentemente anedótico”.
 
Já no estacionamento, houve um diálogo entre as partes. Porém, conforme o ex-secretário de Segurança, sem violência.  A intenção, segundo relato, era "travar um diálogo, expor suas angustias e aflições, se possível, realizar alguns questionamentos".
 
“Flávio, gostaria de lhe dizer algo que está me causando muita dor. Flávio, mentiras foram usadas para me incriminar. Prender alguém com base em mentiras é um ato de covardia. Flávio, você não faz ideia do quanto a minha família sofreu por conta dessas mentiras. Nós sofremos muito. Não merecíamos passar por tudo isso. A única coisa que quero, agora, é que a verdade venha à tona. Essas mentiras cairão, e quando caírem, responsabilizarei juridicamente todos que mentiram”, teria dito.
 
O ex-secretário de Segurança argumenta que a resposta do colega foi em tom elevado, o chamando para briga. “Não quer acertar agora comigo? Porque não resolve isso agora comigo? Venha, vamos resolver isso agora, de homem para homem”, teria dito. “Estou ansioso à espera das medidas judicias. Você ficou pouco tempo preso. Deveria ter ficado mais. Vou fazer de tudo para que você volte a ser preso”, supostamente completou Stringueta.
 
Evitando confronto físico, Rogers Jarbas chegou a clamar por uma intervenção espiritual. “Flávio, você já avaliou isso espiritualmente? Reflita sobre tudo isso, em nome de Jesus, reflita”.
 
O caso

Jarbas foi denunciado pelo crime previsto no artigo 344 do Código Penal, que consiste em “usar de violência ou grave ameaça, com o fim de favorecer interesse próprio ou alheio, contra autoridade, parte, ou qualquer outra pessoa que funciona ou é chamada a intervir em processo judicial, policial ou administrativo, ou em juízo arbitral”. A pena prevista é de um a quatro anos de reclusão e multa.
 
A denúncia refere-se a fato ocorrido no dia 28 de março de 2018, no interior de um supermercado de Cuiabá. Na ocasião, segundo o Ministério Público, o acusado passou a monitorar o também delegado Flávio Henrique Stringueta.
 
A vítima, conforme consta na denúncia, atuou como presidente dos autos de inquérito policial que culminou na Operação Esdras, que por sua vez resultou na prisão de Rogers Elizandro Jarbas. A Esdras investigou esquema de interceptações ilegais em Mato Grosso.
 
A defesa de Jarbas pede absolvição. 
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