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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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arapongagem em MT

Esquema de grampos serviu para ‘subverter a democracia’ e ‘fiscalizar fidelidade amorosa’, afirma juiz

Foto: Reprodução

Esquema de grampos serviu para ‘subverter a democracia’ e ‘fiscalizar fidelidade amorosa’, afirma juiz
O voto do juiz Marcos Faleiros em conselho de sentença da Décima Primeira Vara Criminal de Cuiabá, especializada em Justiça Militar, esclareceu que o esquema que ficou conhecido como Grampolândia Pantaneira teve objetivo de “subverter a democracia” e “fiscalizar fidelidade amorosa”.
 
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Durante a noite de quinta-feira (8), o primeiro processo dos grampos foi sentenciado. Apenas o coronel Zaquel Barbosa recebeu condenação a oito anos em regime semiaberto.

No mesmo julgamento, o cabo Gerson Correia Junior recebeu perdão judicial. Os coronéis Evandro Alexandre Ferraz Lesco e Ronelson Jorge de Barros e o tenente-coronel Januário Antônio Batista foram absolvidos.
 
“Os autos dão conta da existência de um grupo estruturado e amplo com o objetivo de efetivar interceptações telefônicas ilegais para obter informações para fins de subversão da democracia e vantagens de várias naturezas (ascensão a cargo, conquista ilícita de votos, fiscalização de fidelidade amorosa, projeto de poder etc)”, afirmou Faleiros.
 
Segundo o magistrado, o crime ocorreu “mediante esquema de arapongagem consistindo na criação de provas (falsidade ideológica e material) de fatos falsos ou história cobertura inseridas no contexto de investigações verdadeiras ou não, para obtenção de ordem judicial de interceptação telefônica ao arrepio da Constituição e Tratados Internacionais”. O conselho de sentença é comporto ainda por quatro juízes militares.
 
Conforme revelado, o ato de subverter a democracia ocorreu durante a eleição de 2014, em que o governador Pedro Taques foi eleito. O escritório dos grampos teria sido montado para favorecer o político, espionando adversários.  
 
Sobre o termo fiscalização de fidelidade amorosa, existe ligação com o ex-secretário de Casa Civil, Paulo Taques. O primo de ex-governador foi denunciado por enganar delegadas e grampear ilegalmente uma ex-amante.
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