Olhar Jurídico

Sexta-feira, 29 de março de 2024

Notícias | Criminal

Operação COVERAGE

Ministério Público pede que delegado seja investigado por suposto desvio de conduta

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Ministério Público pede que delegado seja investigado por suposto desvio de conduta
O Ministério Público de Mato Grosso (MPE) pediu compartilhamento de informações da Operação Coverage para que a Corregedoria Geral da Polícia Civil (PJC-MT) investigue possível desvio de conduta do delegado Guilherme de Carvalho Bertoli.
 
Leia também 
Juíza pede manifestação de Silval e Nininho antes de decisão sobre bloqueio de R$ 77 milhões


Guilherme de Carvalho atua na Delegacia de Roubos e Furtos de Várzea Grande. Em contato com o Olhar Jurídico, o delegado informou que não há investigação sobre sua participação em possível adulteração de registro de armas. Conforme esclarecido, existe apenas imagens de trocas de mensagens realizadas por ele com pessoas acionadas na Coverage.

A informação sobre apuração de desvio de conduta consta em requerimento que deflagrou mandado de prisão contra o tenente-coronel Marcos Paccola, detido no começo da noite de domingo (8). Paccola segue preso desde então. 
 
Até o momento, cinco oficiais da Polícia Militar foram denunciados pelo  Ministério Público. Eles responderão pelos crimes de organização criminosa, embaraço de investigação em três inquéritos, falsidade ideológica, fraude processual e inserção de dados falsos em sistema de informações.
 
Além da condenação pelos crimes praticados, o Ministério Público requereu que, ao final da ação penal, seja decretada a perda definitiva do cargo público dos cinco réus.
 
Foram denunciados, além de Paccola, o 2º tenente Cleber de Souza Ferreira, o tenente Thiago Satiro Albino, o tenente-coronel Sada Ribeiro Ferreira e o 3º sargento Berison Costa e Silva.

Consta na denúncia que os oficiais militares utilizaram de seus cargos e funções de relevância para fomentar esquema criminoso voltado à adulteração de registros de armas de fogo, mediante falsificação documental e inserção de dados falsos em sistema informatizado da Superintendência de Apoio Logístico e Patrimônio da Polícia Militar.

Uma das armas de fogo que teve o registro adulterado, adquirida por um dos denunciados, segundo o Ministério Público, teve como objetivo ocultar a autoria de sete crimes de homicídios, sendo quatro tentados e três consumados, ocorridos entre os anos de 2015 e 2016, praticados pelo grupo criminoso conhecido como “Mercenários”.

Os promotores de Justiça também apresentam a correlação das ações ilícitas dos denunciados com as investigações da operação “Assepsia”, a partir da análise dos dados extraídos do aparelho celular de Cleber de Souza Ferreira, apreendido durante o cumprimento de buscas e apreensões realizadas no âmbito da referida operação.

Segundo o MPE, em uma das conversas por whatsApp do 2º tenente com a sua namorada, ele manifesta preocupação em resolver duas ocorrências relacionadas à apreensão de uma arma e de 86 celulares apreendidos e escondidos em um freezer localizado no interior da Penitenciária Central do Estado.

A Corregedoria afirmou que ainda não foi notificada sobre o pedido de investigação. 
 
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet