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Quarta-feira, 17 de abril de 2024

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Desembargador liberta PM acusado de adulterar dados de arma; Paccola assume crime

Foto: Reprodução

Desembargador liberta PM acusado de adulterar dados de arma; Paccola assume crime
O desembargador Marcos Machado, membro do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), concedeu liberdade ao policial militar Berison Costa e Silva, preso em consequência da Operação Coverage. A decisão foi estabelecida no dia dois de setembro. O  tenente coronel Marcos Paccola admitiu ter cometido o crime imputado ao colega.

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A operação visou cumprir mandados por crimes de organização criminosa armada, obstrução de justiça, falsidade ideológica e inserção de dados falsos em sistema de informação.

De acordo com a investigação, exame balístico comprovou que uma pistola tipo Glock, 9 mm, pertencente ao tenente Cleber de Souza Ferreira, foi utilizada em 7 crimes de homicídio (4 tentados e 3 consumados) praticados pelo grupo de extermínio denominado Mercenários.
 
Conforme as investigações, com a finalidade de obstruir as investigações relacionadas aos referidos homicídios, policiais militares articularam a alteração do registro da arma de fogo, mediante falsificação documental e inserção de dados falsos em sistema da Polícia Militar, tudo para ocultar que na data dos 7 crimes de homicídios a pistola já estava em poder do tenente Cleber de Souza Ferreira.
 
Também foram alvos da Coverage os tententes Cleber de Souza Ferreira e Thiago Satiro Albino e os tenentes coronéis Marcos Eduardo Ticianel Paccola e Sada Ribeiro Parreira.
 
Berison foi acusado de emprestar a senha para que os dados falsos fossem inseridos no sistema da Polícia Militar. Porém, o tenente coronel Marcos Paccola admitiu em vídeo, durante depoimento à Corregedoria da PM, que usou a senha de Berison sem o comunicar previamente.
 
“O sargento Berison não fez e não tinha conhecimento de absolutamente nada do que eu fiz para confeccionar o documento a ser anexado no processo do Tenente Ferreira”, afirma trecho do vídeo juntado ao pedido de liberdade.  “A senha dele foi utilizada por mim porque coincidentemente ela ficou salva no computador que eu estava utilizando”, complementa.
 
Para conceder a liberdade, Marcos Machado considerou ainda que “o paciente tem bons antecedentes, é primário, exerce ocupação lícita como policial militar, possui endereço certo e família constituída”.
 
A prisão foi substituída por medidas cautelares. Berison precisa comparecer periodicamente em juízo, não se ausentar da comarca sem prévia autorização, comunicar à autoridade judiciária eventual mudança de endereço e está proibido de manter contato com outros investigados e testemunhas.
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