O desembargado Pedro Sakamoto concedeu liberdade ao tenente Thiago Satiro, preso na última semana durante o desenrolar da terceira fase da operação Mercenários, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco).
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A liberdade foi concedida a pedido do advogado Ricardo Monteiro, que já havia conseguido habeas corpus preventivo para tenente-coronel Marcos Paccola, que também foi alvo desta operação.
Em entrevista concedida ao
Olhar Jurídico por telefone, Monteiro explicou que o eixo de sua argumentação para conseguir a liberdade de Satiro foi semelhante ao empregado no caso de Pacolla. Ele apontou um descompasso na prisão do policial.
“Entrei com o habeas corpus ontem e a liminar foi concedida ontem”, explicou. A ordem de soltura á foi cumprida e o policial militar já está em liberdade.
A operação
O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) deflagrou, na manhã da última quarta-feira (21), uma operação com o objetivo de cumprir quatro mandados de prisão contra oficiais da Polícia Militar, em Cuiabá. Por meio de nota, a Polícia Militar informou que instaurou dois procedimentos para apurar o caso, uma sindicância e um inquérito policial militar.
Um dos alvos, o tenente-coronel Marcos Paccola, por meio de decisão do desembargador Sebastião Barbosa, obteve um salvo-conduto. O documento foi expedido durante a madrugada, poucas horas antes da deflagração da ação.
Os alvos são investigados por um esquema de adulteração de numeração de armamentos na Superintendência de Apoio Logístico e Patrimônio (Salp) dentro do Comando Geral da PM.