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Terça-feira, 23 de abril de 2024

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Cabo delata manipulação em auditorias do Sistema Guardião e 'verba secreta' ao Gaeco

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Cabo delata manipulação em auditorias do Sistema Guardião e 'verba secreta' ao Gaeco
O cabo da Policia Militar (PM) Gerson Correia Junior, envolvido no caso de interceptações ilegais conhecido como Grampolândia Pantaneira, acusou o Ministério Público Estadual (MPE) de manipular resultados de auditoria do Sistema Guardião. O objetivo seria, segundo o militar, acobertar irregularidades nas inserções de números telefônicos, procedimento conhecido como barriga de aluguel.
 
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Conforme informações contidas em documento assinado pelo Coordenador do Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco) Criminal, o procurador Domingos Sávio, o cabo Gerson também revelou detalhes sobre uma “verba secreta” destinada ao Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco).
 
 A defesa de Gerson procurou o Ministério Público durante o mês de março de 2019 para firmar delação. Houve entrega de manifestação por escrito e posterior interrogatório. A interação entre réu e órgão ministerial durou até o mês de maio. Apesar das informações, Domingos Sávio comunicou no dia 5 de julho a impossibilidade de celebrar acordo de delação premiada com o cabo da Polícia Militar.

 
Em verificação externa do discurso apresentado, o procurador constatou contradições, além de falta de provas. Ao negar a colaboração, o Ministério Público pediu que a defesa de Gerson comparecesse ao Naco para reaver documentos entregues.
 
Barriga de aluguel
 
Entre os fatos apontados por Gerson também está suposta determinação de “barriga de aluguel” feita pelos promotores de Justiça Marco Aurélio de Castro e Samuel Frungilo.
 
Relativo aos promotores de Justiça, consta que em março de 2015, logo após José Riva ter encerrado mandato como deputado estadual, foi instaurado procedimento no Gaeco para apurar crimes contra a administração pública.
 
Na ocasião, segundo Gerson, os promotores entregaram aos agentes do Gaeco uma relação de nomes. A atual deputada e filha de José Riva, Janaina Riva, constava entre os nomes.
 
Supondo que Janaina Riva dava continuidade aos esquemas de José Riva, Marco Aurélio teria dito que era necessário realizar interceptação contra a parlamentar. Sugeriu então que o grampo fosse realizado de forma irregular, no centro clandestino da Polícia Militar.
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