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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Operação Ararath

Provas sobre venda de fazenda de Antônio Joaquim devem ser julgadas pela Justiça Federal

Foto: Reprodução

Provas sobre venda de fazenda de Antônio Joaquim devem ser julgadas pela Justiça Federal
Procuradora-geral da República, Raquel Dodge considera que somente a primeira instância da Justiça Federal em Mato Grosso pode julgar a possibilidade do compartilhamento de provas para subsidiar inquérito sobre irregularidade na venda de uma fazenda pertencente ao conselheiro afastado do Tribunal de Contas (TCE) Antonio Joaquim.

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A manifestação de Dodge, entregue no dia três de julho, versa sobre requerimento do promotor de Justiça Celio Joubert Fúrio, do Ministério Público de Mato Grosso (MPE). O pedido de compartilhamento inicialmente foi entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF), responsável pela Operação Ararath.
 
Ocorre que o caso não está mais no Supremo Federal. Em dezembro de 2018 o ministro Luiz Fux, relator da Ararath, determinou o envio da investigação à Quinta Vara da Justiça Federal em Mato Grosso.
 
O MPE
 
O objetivo do MPE é saber se a venda da área, com dinheiro de propina, tem ligação com possível negociação da vaga ocupada por Antonio Joaquim no Conselho do TCE.
 
“Tramita nesta 35ª Promotoria de Justiça Cível o Inquérito Civil instaurado para apurar possível irregularidade na venda de propriedade rural pertencente ao Conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso, Sr. Antônio Joaquim, cuja negociação envolveria também sua ‘vaga’ no órgão de contas”, explicou Fúrio ao STF.

Investigações iniciaram quando o ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa, em delação premiada, afirmou que a negociação da propriedade rural localizada em Nossa Senhora do Livramento, vendida pelo conselheiro ao empresário Wanderley Fachetti Torres, dono da construtora Trimec, foi adquirida com dinheiro de propina.

Conforme a delação, Joaquim sabia que Silval Barbosa era o principal comprador de sua fazenda, apesar de todo negócio ter sido feito com Wanderlei Faccheti Torres, proprietário da empresa Trimec, e que, portanto sabia que o dinheiro usado para a compra era de propina.
 
Outro lado

A reportagem tentou entrar em contato por telefone com o conselheiro Antonio Joaquim, porém, não foi atendida.
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