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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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​DESISTIU DO MERCADO

Após tentativa com Recuperação Judicial, Grupo Central da Moda pede autofalência

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Após tentativa com Recuperação Judicial, Grupo Central da Moda pede autofalência
O Grupo Central da Moda entrou, no último dia 2 de maio, com pedido de autofalência, meses após tentativa de se reerguer no mercado. As empresas do grupo entraram em Recuperação Judicial, mas após sucessivos episódios que trouxeram prejuízos, se viram incapacitadas de dar continuidade às suas atividades. Indiretamente, cerca de 40 pessoas ficarão sem emprego.
 
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O pedido de Recuperação Judicial do Grupo Central da Moda tramita na 1ª Vara Cível de Cuiabá. De acordo com o advogado do grupo, o pedido de autofalência foi feito no último dia 2 de maio, mas ainda está sob análise da juíza Anglizey Solivan de Oliveira.
 
O Grupo Central da Moda entrou em processo de Recuperação Judicial por dívidas que giram em torno de R$ 1 milhão. A empresa chegou a esta situação em decorrência da crise que o Brasil enfrentou há poucos anos. 

No dia 23 de outubro de 2018 foi efetuado arresto de bens da Central da Moda por débito no valor de R$ 266,7 mil, em cumprimento ao Mandado de Penhora e Remoção, oriundo de Ação de Execução movida contra o grupo pela empresa Zuah Textil Ltda-ME.
 
A dívida, no entanto, pertenceria à Anny Calçados e Confecções, empresa que seria apenas fornecedora da Central da Moda. A dona da Anny Calçados, Cleidiane de Miranda, inclusive tentou explicar que a dívida era sua, mas o mandado foi cumprido mesmo assim.
 
Por causa disso, mais de 80% da mercadoria foi levada, o que, segundo a empresa, corresponde a cerca de R$ 600 mil, o que resultou no fechamento das portas da Central da Moda, causando sérios prejuízos ao prosseguimento da recuperação judicial.
 
A juíza Anglizey Solivan de Oliveira, da 1ª Vara de Falência e Recuperação Judicial da Capital, chegou a determinar a restituição imediata das roupas e peças de vestuário da loja Central da Moda, mas o material não foi devolvido.
 
A Central da Moda fechou as portas e ficou 87 dias sem realizar suas atividades, pois não tinha mercadoria para vender. Neste período o grupo perdeu o faturamento de dezembro, mês com maior número de vendas no ano, o que causou um impacto negativo ainda maior na tentativa de se reerguer.
 
Além disso, o recurso de um dos credores da Central da Moda, acatado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), suspendeu a entrada de quatro empresas na recuperação judicial do grupo, que já era composta por outras quatro, o que fez com que a recuperação judicial fosse paralisada e as empresas se viram incapacitadas de operar comercialmente. O Grupo Central da Moda também atribui as dificuldades ao período que o comércio vem enfrentando, com queda de vendas.
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