O juiz Marcos Faleiros da Silva, da 11ª Vara Criminal Especializada da Justiça Militar, ainda não agendou a audiência para que seja interrogada a tenente Izadora Ledur Souza Dechamps, que é acusada de torturar e causar a morte de Rodrigo Claro em novembro de 2016. A militar deveria ser ouvida no último dia 30 de abril, mas a sessão foi cancelada.
 
Leia mais:
Ledur chora ao assistir vídeo de treinamento em audiência e é defendida por bombeiro: “exigente”
 
As testemunhas de defesa de Ledur foram ouvidas nos dias 15 e 16 de abril deste ano. Já a militar seria ouvida no último dia 30, mas em uma decisão do último dia 26 de abril o juiz Marcos Faleiros cancelou a Sessão de Instrução.
 
O magistrado, no entanto, ainda não agendou uma nova data para que Ledur seja interrogada. Ele disse apenas que o “interrogatório da ré será designado em momento processual oportuno”.
 
Na mesma decisão ele designou para o dia 5 de agosto a Sessão de Instrução para a inquirição das testemunhas, os bombeiros militares, major Danilo Cavalcante Coelho, major Dionísio José Bochese Andreoni e tenente Janisley Teodoro Silva.
 
O caso
 
Rodrigo Patrício Lima Claro, de 21 anos, ficou internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e faleceu por volta de 1h40 do dia 16 de novembro de 2016. Ele teria sido dispensado no final do treinamento do curso dos bombeiros, após reclamar de dores na cabeça e exaustão. O jovem teria passado por sessões de afogamento e agressões por parte da tenente Izadora ledur.
 
O Corpo de Bombeiros informou que já no Batalhão ele teria se queixado das dores e foi levado para a policlínica em frente à instituição. Ali, sofreu duas convulsões e foi encaminhado em estado crítico ao Jardim Cuiabá, onde permaneceu internado em coma, mas acabou falecendo.