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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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Suposto mandante e ‘segurança’ envolvidos na chacina de Colniza podem ir a júri popular

Foto: Reprodução

Suposto mandante e ‘segurança’ envolvidos na chacina de Colniza podem ir a júri popular
Valdelir João de Souza, conhecido como “Polaco Marceneiro”, e Pedro Ramos Nogueira, o “Doca”, ambos supostamente envolvidos na chacina de Colniza (a 1114 km de Cuiabá) em 2017, podem ser submetidos ao Júri Popular, caso o pedido de pronúncia do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) seja acolhido pelo Juiz da Comarca de Colniza. A Promotoria de Justiça do município já pediu a pronúncia dos dois.

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Junto de Valdelir, apontado como mandante, e Pedro, tido como primeiro “guacheba”, foram denunciados pelo Ministério Público junto de Paulo Neves Nogueira, Ronaldo Dalmoneck (o “Sula”) e Moisés Ferreira de Souza (conhecido como “Sargento Moisés” ou “Moisés da COE”). De acordo com o MPMT, ainda há um inquérito policial complementar para apurar a participação de outras pessoas.

Diversas testemunhas já prestaram depoimentos. Alex Gimenes Garcia, empresário, relatou com detalhes que a chacina havia sido encomendada por “Polaco Marceneiro” que, inclusive, teria deixado nas mãos de Leo Fachin (advogado) a quantia de R$ 3 milhões para que gastasse “comprando quem tivesse que comprar”. A testemunha alegou também temer por sua vida.

“Infelizmente a testemunha (Alex Gimenez Garcia) fora vítima de homicídio no dia 28/07/2018. (...) Essa testemunha assassinada prestou informações relevantes sobre a motivação do crime, corroborando a alegação ministerial, de que o Polaco Marceneiro seria uma dos mandantes, além da informação relevante de que este disponibilizaria R$ 3 milhões para ‘comprar’ quem quiser”, diz o promotor de Justiça de Colniza.

Já uma testemunha ocular, Osmar Antunes, alegou ter visto Pedro como uma dos executores, que estava acompanhado de outras três pessoas. “A testemunha ocular Osmar Antunes, lamentavelmente, não pode prestar depoimento em juízo, eis que por ter denunciado à justiça os responsáveis pela Chacina do Taquaruçu do Norte sofreu atentado, uma tentativa de homicídio”, diz trecho dos autos. Após sofrer o atentado Osmar Antunes não foi mais visto na região.

Para o MPMT há provas da participação dos réus na chacina de Taquaruçu. “Por outro lado, as provas produzidas pela defesa técnica são contraditórias e não merecem credibilidade, razão pela qual a pronúncia dos réus Pedro Doca e Polaco Marceneiro é medida que se impõe”, afirma o promotor de Justiça.

O crime

Os cinco denunciados pela chacina integram um grupo de extermínio chamado “os encapuzados”, conhecidos na região como “guachebas”. No dia 19 de abril de em 2017, Pedro, Paulo, Ronaldo e Moisés, a mando de Valdelir, foram até a Linha 15, munidos de armas de fogo e arma branca, onde executaram Francisco Chaves da Silva, Edson Alves Antunes, Izaul Brito dos Santos, Alto Aparecido Carlini, Sebastião Ferreira de Souza, Fábio Rodrigues dos Santos, Samuel Antonio da Cunha, Ezequias Satos de Oliveira e Valmir Rangel do Nascimento.
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