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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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MP arquiva inquérito contra empresário da Consignum alvo da Sodoma

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

MP arquiva inquérito contra empresário da Consignum alvo da Sodoma
O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) arquivou inquérito civil que apurava a suposta prática de improbidade administrativa por parte do empresário Willians Paulo Mischur, dono da Consignum, relacionado aos fatos apontados na Operação Sodoma.
 
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A advogada Rosana de Barros Bezerra Pinheiro Esposito, que patrocina a defesa de Willians, confirmou que foram notificados sobre o arquivamento. No processo criminal sobre a Sodoma, Willians não chegou a ser denunciado, porém ainda restava o processo cível, que agora foi arquivado.
 
“Não tinham provas, e ele tinha colaborado também. E não houve prejuízo ao erário, porque a situação da Consignum era diferente, ele não recebia do Estado para fazer pagamento de propina, ele tirava dinheiro dele, o Estado não pagava nada, então foi diferenciado em relação aos outros”, disse a advogada.
 
Willians Mischur foi preso no dia 11 de março de 2016, na fase 2ª da Operação Sodoma, Defaz, e liberado no dia 15 de março do mesmo ano. Cheques dele provenientes de propina foram usados na compra de um terreno de R$ 13 milhões na avenida Beira Rio, em Cuiabá, que teria sido usado para “lavar” o dinheiro da corrupção.
 
“Um era o processo criminal da Operação Sodoma, neste ele não chegou a ser denunciado, inclusive ele virou testemunha do Ministério Público. E aí houve outro procedimento cível, que foi do MP também, por uma ação de improbidade contra vários denunciados, na Operação Sodoma, e em relação a esse, sobre o Willians, foi arquivado”, explicou a advogada.
 
Sodoma
 
São réus: o ex-governador Silval da Cunha Barbosa; os ex-secretários de Administração César Zílio, Pedro Elias e Francisco Faiad; o ex-chefe de gabinete de Silval, Silvio César Corrêa Araújo; o ex-secretário adjunto de Administração e Coronel da Polícia Militar, José de Jesus Nunes Cordeiro; o ex-secretário adjunto da Secretaria de Transportes, Valdísio Juliano Viriato; os empresários Juliano Cézar Volpato e Edézio Corrêa e os ex-servidores da Secretaria de Estado de Transportes Alaor Alves Zeferino de Paula e Diego Pereira Marconi.
 
Eles respondem por fraudes à licitação, corrupção, peculato e organização criminosa em contratos celebrados entre as empresas Marmeleiro Auto Posto LTDA e Saga Comércio Serviço Tecnológico e Informática LTDA, nos anos de 2011 a 2014, com o Governo do Estado de Mato Grosso.
 
Segundo a Polícia Civil apurou, as empresas foram utilizadas pela organização criminosa, investigada na operação Sodoma, para desvios de recursos públicos e recebimento de vantagens indevidas, utilizando-se de duas importantes secretarias, a antiga Secretaria de Administração (Sad) e a Secretaria de Transporte e Pavimentação Urbana  (Septu), antiga Secretaria de Infraestrutura (Sinfra).
 
As duas empresas, juntas, receberam aproximadamente R$ 300 milhões, entre os anos 2011 a 2014, do Estado de Mato Grosso, em licitações fraudadas. Com o dinheiro desviado efetuaram pagamento de propinas em benefício da organização criminosa no montante estimado em mais de R$ 8,1 milhões.
 
A investigação revela ainda que a partir de outubro de 2011, por determinação de Silval Barbosa, Juliano Volpato passou a efetuar um pagamento mensal de propina, sendo que o primeiro foi de R$ 150 mil, já que César Zilio teria exigido o pagamento de R$ 70 mil desde a vigência do contrato.
 
O esquema desvendado durante a 5ª fase da Sodoma aponta o direcionamento de licitações, além do contrato de empresas para o fornecimento de 29 milhões de litros de combustível para o Executivo. No entanto, havia a manipulação do sistema de inserção de dados quanto ao consumo e valores a serem debitados.
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