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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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TENTATIVA DE HOMICÍDIO

Juiz marca nova audiência de interrogatório de bisavó que enterrou bebê indígena viva

Foto: Reprodução

Juiz marca nova audiência de interrogatório de bisavó que enterrou bebê indígena viva
O juiz Darwin de Souza Pontes, da 1ª Vara Criminal e Cível da Comarca de Canarana (a 879 km de Cuiabá), agendou para o próximo dia 13 de maio a audiência de interrogatório sobre o caso da bebê indígena Analu Kamayura Trumai, que foi enterrada viva por sua bisavó Kutsamin Kamayura no dia 5 de maio de 2018. Kutsamin havia ficado em silêncio na audiência anterior e terá uma nova oportunidade para ser ouvida.
 
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A decisão do juiz é do último dia 1º de abril. Ele designou a audiência para o novo interrogatório de Kutsamin Kamayura para o próximo dia 13 de maio de 2019, às 12h30, em Canarana. Testemunhas já haviam sido ouvidas em uma audiência do dia 16 de outubro de 2018.
 
Kutsamim Kamayura foi denunciada por tentativa de homicídio contra sua bisneta Analu Paluni Kamayura Trumai, ao enterrá-la viva em maio do ano passado, imediatamente após o nascimento da menina. Na audiência do dia 16 de outubro de 2018, ela permaneceu em silêncio durante todo seu interrogatório.
 
Entenda o caso
 
No dia 5 de maio de 2018 a Polícia Civil foi informada de um feto/recém nascido que teria sido enterrado em uma residência em Canarana, e deslocou para o endereço (rua Paraná) em conjunto com a Polícia Militar.
 
Ao iniciar escavação em busca do corpo, os policiais ouviram o choro do bebê e constaram que a criança estava viva. A bebê foi socorrida e encaminhada para socorro médico imediato.
 
A bisavó da bebê, , Kutsamin Kamayura, 57, foi presa na manhã do dia seguinte e, na ocasião, alegou que a criança não chorou após o nascimento, por isso acreditou que estivesse morta e, segundo costume de sua comunidade, enterrou o corpo no quintal, sem acionar os órgãos oficiais.
 
Em continuidade às investigações, a Polícia Civil com oitivas de testemunhas envolvidas no caso, apurou a conduta e participação da avó da vítima, a indígena Tapoalu Kamayura, 33.
 
Ela tinha conhecimento da gravidez da filha de 15 anos, em razão da adolescente ser solteira e o pai da criança já ter casado com outra indígena. Durante todo período gestacional também ministrou chás abortivos para interromper a gravidez, segundo os depoimentos colhidos.

A menina sobreviveu e tanto a mãe quanto o pai demonstraram interesse em ficar com a guarda da bebê.
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