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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Presidente da OAB quer auditar sistemas de escutas em Mato Grosso para evitar barriga de aluguel

Foto: Kamila Martins/Assessoria OAB-MT

Presidente da OAB quer auditar sistemas de escutas em Mato Grosso para evitar barriga de aluguel
Não foi só o alto escalão político mato-grossense que sentiu os efeitos da crise dos grampos. O Poder Judiciário, que até então se mantinha como coadjuvante no meio da turbulência, passou a viver no centro do furacão. Com o andamento das investigações surgiram acusações de que promotores e juízes também teriam cometidos falhas ao deferirem ou pedirem escutas telefônicas.

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O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso (OAB-MT), Leonardo Campos, defende uma auditoria total no sistema de escutas. A ideia, segundo ele, é evitar que falhas e irregularidades continuem ocorrendo no Estado e que o Poder Judiciário possa ter mais controle sobre o funcionamento de investigações deste tipo. 

“Todo esse processo servirá para repensar o sistema, precisamos auditar todo o sistema e evitar que não haja obstrução às investigações, ao mesmo tempo em que possibilidade de quebra legal do sigilo contribua com o inquérito, mas também possa ter garantido o sigilo daqueles que não estão sob investigação”, afirmou Campos.

Grampos
 
Reportagem do programa "Fantástico", da Rede Globo, revelou na noite de 14 de maio que a Polícia Militar em Mato Grosso “grampeou” de maneira irregular uma lista de pessoas que não eram investigadas por crime.
 
A matéria destacou como vítimas a deputada estadual Janaína Riva (PMDB), o advogado José do Patrocínio e o jornalista José Marcondes, conhecido como Muvuca. Eles são apenas alguns dos “monitorados”. O esquema de “arapongagem” já havia vazado na imprensa local após o início da apuração de Fantástico.
 
Barriga de aluguel
 
Os grampos foram conseguidos na modalidade “barriga de aluguel”, quando investigadores solicitam à Justiça acesso aos telefonemas de determinadas pessoas envolvidas em crimes e no meio dos nomes inserem contatos de não investigados. Neste caso específico, as vítimas foram inseridas em uma apuração sobre tráfico de drogas.
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