O ex-secretário de Estado de Fazenda, Eder Moraes, confirmou na tarde de hoje (14) que o empresário Gércio Mendonça (Júnior Mendonça) era um patrocinador do Mixto Esporte Clube, mas que preferia manter o anonimato quanto às doações que fazia. Eder é ouvido nesta tarde em processo onde ele e Vivaldo Lopes, também ex-secretário de Estado, respondem por crimes contra o sistema financeiro perante a 5ª Vara da Justiça Federal.

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Mendonça, proprietário das empresas Globo Fomento Mercantil e Amazônia Petróleo, fez declarações ao Ministério Público Federal (MPF) informando sobre como funcionava o esquema de lavagem de dinheiro para beneficiar a um grupo político do Estado. Ele apontou Eder Moraes como sendo o ‘organizador’ do esquema.

Moraes, minutos antes de ser ouvido, reafirmou que é inocente das acusações e que sempre estará à disposição da Justiça para quantos esclarecimentos forem necessários.

Ele reiterou ainda que o esporte em Mato Grosso necessitava de pessoas abnegadas, como ele, para poder seguir.
O advogado de Vivaldo Lopes, Ulisses Rabaneda, reafirmou que Lopes é inocente e nunca participou de nenhum esquema de lavagem de dinheiro. Ele atuava como administrador, na condição de voluntário do clube, e empregou as contas de sua empresa Brisa Assessoria para depósitos de patrocinadores.

O MPF aponta que que foram realizadas transferências bancárias totalizando o valor de R$ 520 mil à empresa Brisa Consultoria e Assessoria, pertencente ao secretário adjunto do Tesouro de Mato Grosso, Vivaldo Lopes Dias. As transferências – de acordo com demonstrativo encaminhado à Justiça Federal pela Polícia Federal – foram realizadas entre janeiro e março de 2010 por meio de contas da Globo Fomento e Comercial Amazônia de Petróleo, pertencentes ao empresário Júnior Mendonça (delator do esquema), de acordo com a Polícia Federal.